Ibovespa fecha em queda de 1,6% e acumula 5ª queda sequida

São Paulo - A Bovespa fechou em queda pelo quinto pregão seguido nesta terça-feira, com o seu principal índice abaixo de 49 mil pontos pela primeira vez em quatro semanas, afetada pelo viés negativo no ambiente financeiro global e persistente aflição de agentes financeiros quanto à continuidade de ajustes fiscais no país.

O Ibovespa caiu 1,8 por cento, a 48.293 pontos, contabilizando um declínio de quase 6 por cento em cinco sessões. O volume financeiro da sessão alcançou 7,9 bilhões de reais, acima da média do ano, de 6,57 bilhões de reais.

Apostas de proximidade da alta dos juros nos Estados Unidos pela primeira vez em quase uma década fortaleceram o dólar no mundo e minaram o humor de investidores desde cedo, o que abriu espaço para realização de lucros em Wall Street.

O índice S&P 500 caiu 1,7 por cento, com a cautela diante do potencial efeito da alta da moeda norte-americana no resultado de multinacionais justificando vendas após S&P 500 renovar máximas recordes na semana passada.

O petróleo também despencou, assim como moedas de mercados emergentes. O dólar chegou a subir mais de 1 por cento sobre o real na abertura dos negócios, mas perdeu fôlego ao longo do dia, terminando em baixa. Na bolsa paulista, Petrobras dominou a ponta negativa do Ibovespa, com a ordinária terminando em baixa de 5,35 por cento e a preferencial, em queda de 4,04 por cento.

Além do movimento do petróleo, agentes ficaram atentos ao depoimento do ex-gerente de serviços da estatal Pedro Barusco na CPI da estatal na Câmara dos Deputados. A queda dos bancos privados também foi pronunciada, enquanto seguem temores sobre a exposição dos mesmos às empresas envolvidas no escândalo na Petrobras. Itaú Unibanco e Bradesco, que detêm juntos quase 20 por cento do índice, recuaram 3,93 e 3,33 por cento respectivamente.

Relatório da Fitch Ratings disse nesta terça-feira que os bancos brasileiros enfrentarão mais pressão na qualidade de crédito e aumento de provisões para perdas com empréstimos em 2015, amortecendo a rentabilidade do setor.

Banco do Brasil descolou e subiu 0,61 por cento.

O JPMorgan retomou cobertura da ação com recomendação "neutra" e preço-alvo de 24 reais. No relatório, o JP disse que estava incrementalmente confortável com as exposições às empresas atualmente implicadas no escândalo Lava Jato. No pano de fundo da nova queda do Ibovespa, ainda seguem os receios sobre a capacidade de controle das contas públicas em meio ao quadro político deteriorado.

Vale também pesou, com a preferencial fechando com queda de quase 3 por cento. O UBS reduziu o preço-alvo do ADR (recibo de ação negociado nos EUA) da mineradora de 8,50 para 6,80 dólares diante de expectativa menor para os preços do minério de ferro. O UBS manteve a recomendação "neutra".

Na ponta positiva, CCR e Ecorodovias subiram 3,76 e 2,65 por cento, respectivamente, diante de especulação em torno de reajuste de pedágios, após o Valor Econômico noticiar que o governo pretende autorizar altas em 2016 que podem chegar a 20 por cento em média. Marfrig disparou 7,18 por cento, reflexo de compras para cobertura de posições por agentes que tinham alugado os papéis para vendê-los ("short squeeze"). A ação ainda acumula queda de mais de 10 por cento de março e operadores citam dificuldade de encontrar a mesma para alugar. Veja as maiores baixas e altas do Ibovespa nesta terça-feira: BAIXAS Ação Código Preço(R$) Variação GAFISA ON 1,81 -8,12% PETROBRAS ON 8,32 -5,35% KROTON ON 9,3 -4,81% PETROBRAS PN 8,55 -4,04% ITAUUNIBANCO PN 32,75 -3,93% MARCOPOLO PN 2,02 -3,81% BRADESCO PN 33,69 -3,33% CYRELA REALT ON 10,91 -3,19% AMBEV ON 17,7 -3,17% VALE PNA 16,57 -2,99% ALTAS Ação Código Preço(R$) Variação MARFRIG ON 4,33 7,18% CCR RODOVIAS ON 14,62 3,76% ENERGIAS BR ON 8,6 3,37% MULTIPLAN ON 51,1 3,09% JBS ON 13,54 2,73% ECORODOVIAS ON 9,31 2,65% BR MALLS PAR ON 15,45 2,39% CIELO ON 44,61 2,27% COPEL PNB 32,18 1,67% BR PROPERT ON 11,4 1,6%

*Atualizada às 17h54 do dia 10/03/2015

São Paulo - A Bovespa fechou em queda pelo quinto pregão seguido nesta terça-feira, com o seu principal índice abaixo de 49 mil pontos pela primeira vez em quatro semanas, afetada pelo viés negativo no ambiente financeiro global e persistente aflição de agentes financeiros quanto à continuidade de ajustes fiscais no país.

O Ibovespa caiu 1,8 por cento, a 48.293 pontos, contabilizando um declínio de quase 6 por cento em cinco sessões. O volume financeiro da sessão alcançou 7,9 bilhões de reais, acima da média do ano, de 6,57 bilhões de reais.

Apostas de proximidade da alta dos juros nos Estados Unidos pela primeira vez em quase uma década fortaleceram o dólar no mundo e minaram o humor de investidores desde cedo, o que abriu espaço para realização de lucros em Wall Street.

O índice S&P 500 caiu 1,7 por cento, com a cautela diante do potencial efeito da alta da moeda norte-americana no resultado de multinacionais justificando vendas após S&P 500 renovar máximas recordes na semana passada.

O petróleo também despencou, assim como moedas de mercados emergentes. O dólar chegou a subir mais de 1 por cento sobre o real na abertura dos negócios, mas perdeu fôlego ao longo do dia, terminando em baixa. Na bolsa paulista, Petrobras dominou a ponta negativa do Ibovespa, com a ordinária terminando em baixa de 5,35 por cento e a preferencial, em queda de 4,04 por cento.

Além do movimento do petróleo, agentes ficaram atentos ao depoimento do ex-gerente de serviços da estatal Pedro Barusco na CPI da estatal na Câmara dos Deputados. A queda dos bancos privados também foi pronunciada, enquanto seguem temores sobre a exposição dos mesmos às empresas envolvidas no escândalo na Petrobras. Itaú Unibanco e Bradesco, que detêm juntos quase 20 por cento do índice, recuaram 3,93 e 3,33 por cento respectivamente.

Relatório da Fitch Ratings disse nesta terça-feira que os bancos brasileiros enfrentarão mais pressão na qualidade de crédito e aumento de provisões para perdas com empréstimos em 2015, amortecendo a rentabilidade do setor.

Banco do Brasil descolou e subiu 0,61 por cento.

O JPMorgan retomou cobertura da ação com recomendação "neutra" e preço-alvo de 24 reais. No relatório, o JP disse que estava incrementalmente confortável com as exposições às empresas atualmente implicadas no escândalo Lava Jato. No pano de fundo da nova queda do Ibovespa, ainda seguem os receios sobre a capacidade de controle das contas públicas em meio ao quadro político deteriorado.

Vale também pesou, com a preferencial fechando com queda de quase 3 por cento. O UBS reduziu o preço-alvo do ADR (recibo de ação negociado nos EUA) da mineradora de 8,50 para 6,80 dólares diante de expectativa menor para os preços do minério de ferro. O UBS manteve a recomendação "neutra".

Na ponta positiva, CCR e Ecorodovias subiram 3,76 e 2,65 por cento, respectivamente, diante de especulação em torno de reajuste de pedágios, após o Valor Econômico noticiar que o governo pretende autorizar altas em 2016 que podem chegar a 20 por cento em média. Marfrig disparou 7,18 por cento, reflexo de compras para cobertura de posições por agentes que tinham alugado os papéis para vendê-los ("short squeeze"). A ação ainda acumula queda de mais de 10 por cento de março e operadores citam dificuldade de encontrar a mesma para alugar. Veja as maiores baixas e altas do Ibovespa nesta terça-feira: BAIXAS Ação Código Preço(R$) Variação GAFISA ON 1,81 -8,12% PETROBRAS ON 8,32 -5,35% KROTON ON 9,3 -4,81% PETROBRAS PN 8,55 -4,04% ITAUUNIBANCO PN 32,75 -3,93% MARCOPOLO PN 2,02 -3,81% BRADESCO PN 33,69 -3,33% CYRELA REALT ON 10,91 -3,19% AMBEV ON 17,7 -3,17% VALE PNA 16,57 -2,99% ALTAS Ação Código Preço(R$) Variação MARFRIG ON 4,33 7,18% CCR RODOVIAS ON 14,62 3,76% ENERGIAS BR ON 8,6 3,37% MULTIPLAN ON 51,1 3,09% JBS ON 13,54 2,73% ECORODOVIAS ON 9,31 2,65% BR MALLS PAR ON 15,45 2,39% CIELO ON 44,61 2,27% COPEL PNB 32,18 1,67% BR PROPERT ON 11,4 1,6%

*Atualizada às 17h54 do dia 10/03/2015