Mercados

Ibovespa fecha em baixa e tem pior mês desde janeiro

Diante da divulgação do PIB, o índice fechou a sessão de hoje no vermelho


	Bovespa: o Ibovespa recuou 2,25%, a 52.760 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: o Ibovespa recuou 2,25%, a 52.760 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2015 às 19h39.

São Paulo - A bolsa brasileira caiu mais de 2 por cento nesta sexta-feira, seguindo o exterior e pressionada pela queda de bancos, sem que o resultado melhor que o esperado do PIB brasileiro no primeiro trimestre animasse os investidores.

O Ibovespa recuou 2,25 por cento, a 52.760 pontos, e fechou maio com queda acumulada de 6,17 por cento, no pior desempenho mensal desde janeiro.

O giro financeiro do pregão somou 9,9 bilhões de reais, inflado por mudança na carteira do índice MSCI Brazil, que passou a vigorar após o fechamento. As bolsas norte-americanas recuaram, após a economia dos Estados Unidos contrair no primeiro trimestre, e as europeias fecharam no vermelho, com sinais conflitantes sobre as negociações relativas à dívida da Grécia.

Apesar de a economia brasileira ter apresentado um desempenho melhor do que o esperado no primeiro trimestre, com recuo de 0,2 por cento ante estimativa de contração de 0,5 por cento, o mercado não se animou, já que o resultado ainda indicou atividade econômica fraca.

Investidores digeriram ainda o impacto de decisões da véspera do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre os bancos, que exerceram a maior pressão negativa sobre o Ibovespa na sessão.

DESTAQUES

=QUALICORP teve a maior queda percentual do índice, de quase 20 por cento, após o jornal O Globo publicar que o presidente do Conselho de Administração da empresa, José Seripieri Filho, estaria em uma lista de pessoas incluídas em uma operação da Polícia Federal de combate à lavagem de dinheiro. A Qualicorp, administradora de benefícios de saúde, negou a informação.

= ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO recuaram 2,47 e 2,69 por cento, respectivamente, após a elevação da alíquota do compulsório sobre depósitos a prazo de 20 por cento para 25 por cento. "Não é uma coisa grande, mas é mais uma medida neste mês em cima do setor financeiro. Estamos tendo um mês bastante complicado para o setor, com o aumento da CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) e um comentário geral sobre um possível fim dos juros sobre capital próprio", disse o economista da Elite Corretora, Hersz Ferman.

=CSN caiu 6,24 por cento, dando continuidade ao movimento da véspera, quando recuou quase 7 por cento, contaminada pelo declínio do preço do minério de ferro e com redução de recomendação do BTG Pactual. O minério com entrega imediata no porto de Tianjin, na China, recuou 1,4 por cento nesta sexta-feira, para 61,40 dólares por tonelada.

= CYRELA avançou 0,83 por cento, entre as poucas altas do dia, após o Conselho Monetário Nacional(CMN)liberar a utilização pelos bancos de parte do depósito compulsório relacionado à poupança imobiliária para a realização de novas operações de financiamento habitacional, potencialmente liberando 22,5 bilhões de reais para o setor. "Positivo para as construtoras, pois haverá mais crédito para a compra do imóvel", disse a Elite Corretora em nota a clientes.

= ESTÁCIO subiu 2,23 por cento após a coluna Radar, no site da Revista Veja, afirmar que o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, anunciou a um grupo de deputados que o Ministério da Educação vai liberar 1,1 bilhão de reais para quitar débitos do Fies.

Texto atualizado às 19h39

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoreseconomia-brasileiraIbovespaMercado financeiroPIBPIB do Brasil

Mais de Mercados

"O mundo está passando por um processo grande de transformação", diz André Leite, CIO da TAG

Ibovespa opera em alta de olho em relatório bimestral de despesas; dólar cai a R$ 5,554

Ações da Ryanair caem quase 15% após lucro da empresa desabar

Desistência de Biden, relatório de despesas, balanços e juros na China: o que move o mercado

Mais na Exame