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Ibovespa fecha em baixa de 0,29% pressionada por Vale

Embora o noticiário corporativo tenha sido destaque na sessão, investidores também seguiram atentos à cena política

B3: "A votação da (reforma) trabalhista foi boa, mas ela não garante que a da Previdência vai passar porque são votações diferentes" (Facebook/B3/Reprodução)

B3: "A votação da (reforma) trabalhista foi boa, mas ela não garante que a da Previdência vai passar porque são votações diferentes" (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2017 às 18h04.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em baixa nesta quinta-feira, com as ações da Vale entre as maiores baixas, em dia de divulgação de um grande número de balanços corporativos.

O Ibovespa recuou 0,29 por cento, a 64.676 pontos, após subir 0,72 por cento na máxima e recuar 0,88 por cento na mínima do dia. O giro financeiro somou 7,77 bilhões de reais.

Embora o noticiário corporativo tenha sido destaque na sessão, investidores também seguiram atentos à cena política, após a Câmara dos Deputados concluir nesta madrugada a votação do projeto de lei da reforma trabalhista, com o texto-base sendo aprovado com 296 votos a favor e 177 contra.

"A votação da (reforma) trabalhista foi boa, mas ela não garante que a da Previdência vai passar porque são votações diferentes", disse o economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira, acrescentando que até que se tenha mais clareza sobre o rumo da medida, a volatilidade deve persistir no mercado local.

Nesta sessão, o presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou que a votação da matéria no colegiado acontecerá na próxima quarta-feira, dia 3 de maio, um dia depois da data original.

Destaques

- VALE PNA perdeu 4,33 por cento e VALE ON teve baixa de 3,25 por cento, com analistas ponderando que o primeiro trimestre pode ter sido o melhor do ano para a empresa. A mineradora reportou o maior resultado trimestral desde 2013, com lucro líquido de 7,891 bilhões de reais de janeiro a março.

- PETROBRAS PN recuou 1,93 por cento e PETROBRAS ON perdeu 1,53 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional, que foram pressionados por notícias de retomada de produção na Líbia. [O/R]

- CSN ON cedeu 4,28 por cento, devolvendo os ganhos da véspera, com investidores à espera do resultado da assembleia da USIMINAS, que pode eleger membros do conselho de administração da mineradora. As ações da Usiminas caíram 2,81 por cento.

- NATURA ON caiu 3,46 por cento. Como pano de fundo estava o resultado do primeiro trimestre, no qual a empresa registrou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado de 364,6 milhões de reais. Analistas do BTG Pactual destacaram que os números da empresa foram influenciados por itens não recorrentes e que ainda é cedo para apostar em uma recuperação sustentável da margem Ebitda.

- BRADESCO PN subiu 2,92 por cento, e BRADESCO ON avançou 2,99 por cento, após divulgar lucro recorrente de 4,648 bilhões de reais no primeiro trimestre, alta de 13 por cento sobre um ano antes, em resultado ajudado por despesas menores para perdas com calotes.

- LOCALIZA ON ganhou 4,16 por cento, no melhor desempenho do índice, após a empresa de locação de veículos e gestão de frotas registrar lucro líquido recorde de 120,3 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 16,8 por cento ante igual etapa de 2016, em meio a um aumento de 28 por cento na receita líquida consolidada.

- GRUPO PÃO DE AÇÚCAR teve alta de 1,86 por cento. No radar estava o resultado da sua controlada VIA VAREJO, que não faz parte do Ibovespa e subiu 1,6 por cento, mas chegou a avançar 4,9 por cento no melhor momento do dia. Dados pró-forma mostraram que a varejista de eletroeletrônicos e móveis teve lucro líquido de 97 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo prejuízo visto um ano antes.

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