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Ibovespa fecha em baixa com Petrobras

O índice fechou em leve queda pressionado por Petrobras, diante do recuo dos preços do petróleo e recomendações de bancos para ações da estatal

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 18h22.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em leve queda nesta sexta-feira, pressionado por Petrobras , diante do recuo dos preços do petróleo e corte nas recomendações de bancos estrangeiros para as ações estatal, após a Standard & Poor's rebaixar a nota da companhia para grau especulativo.

O viés negativo, contudo, foi mais uma vez atenuado pela alta de empresas que se beneficiam do fortalecimento do dólar ante o real, como siderúrgicas, fabricantes de papel e celulose e grupos de alimentos. A moeda norte-americana fechou o dia com a maior cotação desde 2002, a 3,8771 reais.

O Ibovespa caiu 0,22 por cento, a 46.400 pontos. O giro financeiro totalizou 6 bilhões de reais.

Na semana, o índice de referência do mercado acionário doméstico acumulou declínio de 0,21 por cento.

A ausência de tendência definida no mercado financeiro externo corroborou a fraqueza no pregão local, em meio à expectativa em relação a decisão do banco central dos Estados Unidos na próxima semana, que pode elevar os juros pela primeira vez em quase uma década.

O índice acionário norte-americano S&P 500 encerrou com variação positiva de 0,45 por cento, enquanto o europeu FTSEurofirst 300 cedeu 0,99 por cento.

O Barclays ressaltou em relatório, contudo, que, independentemente do resultado da reunião do Federal Reserve, o desempenho dos mercados emergentes deve ser pressionado por incertezas sobre China, desaceleração econômica, saída de capitais e riscos para os ratings.

Destaques

Petrobras encerrou com as preferenciais em queda de 3,89 por cento e os papéis ordinários com recuo de 5,37 por cento, em meio à queda dos preços do petróleo . Os papéis da petroleira também foram pressionados por corte nas recomendações e nos preços-alvo por bancos estrangeiros, com a perda do grau de investimento da empresa pela S&P adicionando preocupações sobre o programa de reestruturação da companhia, entre outras questões. Pouco antes do fechamento na véspera, a S&P rebaixou o rating da empresa para grau especulativo, como parte de uma série de ações sobre ratings de companhias brasileiras após ter tirado o grau de investimento do Brasil na quarta-feira. Foi a segunda agência de classificação de risco a retirar da estatal o grau de investimento.

Vale perdeu o fôlego da abertura e terminou em declínio de 2,06 por cento nas preferenciais de classe A e de 2,46 por cento nos papéis ordinários, a despeito da alta do dólar, bem como a manutenção do grau de investimento pela S&P e do maior ganho semanal dos preços do minério de ferro nas últimas cinco semanas.

Bradesco caiu 1,1 por cento, após a S&P reduzir na quinta-feira a nota de crédito de várias instituições financeiras do Brasil, tirando o selo de grau de investimento de grandes bancos. Banco do Brasil perdeu 2,67 por cento e Santander Brasil recuou 2,59 por cento, enquanto Itaú Unibanco desacelerou as perdas para 0,19 por cento no final do pregão. O Barclays cortou o preço-alvo dos quatro bancos.

CSN saltou 10,09 por cento, guiando novo avanço dos papéis do setor siderúrgico listados no Ibovespa, seguida pela Usiminas, com ganho de 9,67 por cento. O fortalecimento do dólar nos últimos dias vem endossando a recuperação das combalidas ações de siderurgia, uma vez que fortalece apostas de reajuste de preços, levando à cobertura de elevadas posições vendidas em ambos os papéis. Gerdau perdeu força no fim do pregão, depois de subir mais de 3 por cento, e fechou em queda 0,6 por cento.

JBS, BRF e Fibria também encontraram suporte no movimento da taxa de câmbio para fechar o dia com altas de 3,61, 0,76 e 2,19 por cento, respectivamente, amortecendo o declínio do Ibovespa.

BB Seguridade subiu 5,77 por cento, também ajudando a reduzir as perdas do Ibovespa, recuperando-se após quatro pregões de queda, em que acumulou declínio de 10,5 por cento.

MRV Engenharia avançou 2,94 por cento, em dia de alta de ações de construtoras focadas na baixa renda e com exposição ao programa Minha Casa Minha Vida, após o ministro das Cidades afirmar na véspera que a Medida Provisória que trata da terceira fase do programa habitacional será encaminhada ao Congresso Nacional em até um mês. Fora do Ibovespa, DIRECIONAL ENGENHARIA saltou 7,08 por cento.

Cia. Hering caiu 5,72 por cento, na maior queda do Ibovespa, em meio ao anúncio da saída do diretor das marcas Hering e Hering for You, Luis Renato Bueno.

Em nota a clientes, a corretora Brasil Plural lembrou que Bueno foi contratado para liderar o processo de atualização do mix de produtos e estreitar o relacionamento com os franqueados.

Texto atualizado às 18h22

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São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em leve queda nesta sexta-feira, pressionado por Petrobras , diante do recuo dos preços do petróleo e corte nas recomendações de bancos estrangeiros para as ações estatal, após a Standard & Poor's rebaixar a nota da companhia para grau especulativo.

O viés negativo, contudo, foi mais uma vez atenuado pela alta de empresas que se beneficiam do fortalecimento do dólar ante o real, como siderúrgicas, fabricantes de papel e celulose e grupos de alimentos. A moeda norte-americana fechou o dia com a maior cotação desde 2002, a 3,8771 reais.

O Ibovespa caiu 0,22 por cento, a 46.400 pontos. O giro financeiro totalizou 6 bilhões de reais.

Na semana, o índice de referência do mercado acionário doméstico acumulou declínio de 0,21 por cento.

A ausência de tendência definida no mercado financeiro externo corroborou a fraqueza no pregão local, em meio à expectativa em relação a decisão do banco central dos Estados Unidos na próxima semana, que pode elevar os juros pela primeira vez em quase uma década.

O índice acionário norte-americano S&P 500 encerrou com variação positiva de 0,45 por cento, enquanto o europeu FTSEurofirst 300 cedeu 0,99 por cento.

O Barclays ressaltou em relatório, contudo, que, independentemente do resultado da reunião do Federal Reserve, o desempenho dos mercados emergentes deve ser pressionado por incertezas sobre China, desaceleração econômica, saída de capitais e riscos para os ratings.

Destaques

Petrobras encerrou com as preferenciais em queda de 3,89 por cento e os papéis ordinários com recuo de 5,37 por cento, em meio à queda dos preços do petróleo . Os papéis da petroleira também foram pressionados por corte nas recomendações e nos preços-alvo por bancos estrangeiros, com a perda do grau de investimento da empresa pela S&P adicionando preocupações sobre o programa de reestruturação da companhia, entre outras questões. Pouco antes do fechamento na véspera, a S&P rebaixou o rating da empresa para grau especulativo, como parte de uma série de ações sobre ratings de companhias brasileiras após ter tirado o grau de investimento do Brasil na quarta-feira. Foi a segunda agência de classificação de risco a retirar da estatal o grau de investimento.

Vale perdeu o fôlego da abertura e terminou em declínio de 2,06 por cento nas preferenciais de classe A e de 2,46 por cento nos papéis ordinários, a despeito da alta do dólar, bem como a manutenção do grau de investimento pela S&P e do maior ganho semanal dos preços do minério de ferro nas últimas cinco semanas.

Bradesco caiu 1,1 por cento, após a S&P reduzir na quinta-feira a nota de crédito de várias instituições financeiras do Brasil, tirando o selo de grau de investimento de grandes bancos. Banco do Brasil perdeu 2,67 por cento e Santander Brasil recuou 2,59 por cento, enquanto Itaú Unibanco desacelerou as perdas para 0,19 por cento no final do pregão. O Barclays cortou o preço-alvo dos quatro bancos.

CSN saltou 10,09 por cento, guiando novo avanço dos papéis do setor siderúrgico listados no Ibovespa, seguida pela Usiminas, com ganho de 9,67 por cento. O fortalecimento do dólar nos últimos dias vem endossando a recuperação das combalidas ações de siderurgia, uma vez que fortalece apostas de reajuste de preços, levando à cobertura de elevadas posições vendidas em ambos os papéis. Gerdau perdeu força no fim do pregão, depois de subir mais de 3 por cento, e fechou em queda 0,6 por cento.

JBS, BRF e Fibria também encontraram suporte no movimento da taxa de câmbio para fechar o dia com altas de 3,61, 0,76 e 2,19 por cento, respectivamente, amortecendo o declínio do Ibovespa.

BB Seguridade subiu 5,77 por cento, também ajudando a reduzir as perdas do Ibovespa, recuperando-se após quatro pregões de queda, em que acumulou declínio de 10,5 por cento.

MRV Engenharia avançou 2,94 por cento, em dia de alta de ações de construtoras focadas na baixa renda e com exposição ao programa Minha Casa Minha Vida, após o ministro das Cidades afirmar na véspera que a Medida Provisória que trata da terceira fase do programa habitacional será encaminhada ao Congresso Nacional em até um mês. Fora do Ibovespa, DIRECIONAL ENGENHARIA saltou 7,08 por cento.

Cia. Hering caiu 5,72 por cento, na maior queda do Ibovespa, em meio ao anúncio da saída do diretor das marcas Hering e Hering for You, Luis Renato Bueno.

Em nota a clientes, a corretora Brasil Plural lembrou que Bueno foi contratado para liderar o processo de atualização do mix de produtos e estreitar o relacionamento com os franqueados.

Texto atualizado às 18h22

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