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Ibovespa fecha em alta de 0,32% e renova máximas

A persistente entrada de capital externo na bolsa paulista tem evitado que o Ibovespa mostre ajustes mais fortes

B3: "O grande diferencial que está acontecendo no mundo inteiro, não só no Brasil" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: "O grande diferencial que está acontecendo no mundo inteiro, não só no Brasil" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 18h50.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 fechou no azul nesta sexta-feira, renovando máximas, com o persistente fluxo de entrada de investimento estrangeiro ainda limitando a tentativa de ajuste, mas com investidores evitando grandes apostas conforme se aproxima o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ibovespa fechou em alta de 0,32 por cento, a 81.219 pontos, nova máxima de fechamento, e acumulando ganho de 2,36 por cento na semana. O giro financeiro somou 8,38 bilhões de reais. Desde o começo de 2018, o índice recuou apenas em quatro sessões.

O pregão marcou algumas trocas de sinal, mas dentro de um patamar limitado, com o Ibovespa subindo 0,58 por cento no melhor momento e marcando nova máxima histórica intradia, a 81.429 pontos. Na mínima, recuou 0,13 por cento.

A persistente entrada de capital externo na bolsa paulista tem evitado que o Ibovespa mostre ajustes mais fortes, tendo fechado em território negativo apenas em quatro pregões até agora neste ano.

"O grande diferencial que está acontecendo no mundo inteiro, não só no Brasil, é que tem um fluxo de recursos para mercado acionário muito forte", disse o economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira.

Até o dia 17 de janeiro, o saldo externo na B3 era positivo em 4,9 bilhões de reais, tendo registrado entrada líquida em todos os pregões até o momento. Este fluxo reflete a forte liquidez externa, em meio às perspectivas de crescimento da economia mundial, mas sem pressão inflacionária, o que deve manter as taxas de juros nas maiores economias do mundo ainda baixas.

Localmente, a expectativa por uma recuperação da economia também ajuda a direcionar parte dessa liquidez global para os mercados locais. No front político, o mercado espera o julgamento em segunda instância de Lula, na próxima semana, o que, segundo operadores, ajudou a levar investidores a tirar o pé do acelerador.

Destaques

- USIMINAS PNA teve valorização de 4,57 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, em dia de ganhos para os contratos futuros do minério de ferro e do aço na China e ainda amparada pela conclusão do pagamento de 400 milhões de dólares em bônus emitidos em 2008. Segundo analistas da Guide Investimentos, embora já esperado pelo mercado, o pagamento "é mais uma medida fundamental no processo de revitalização da companhia".

- EMBRAER ON subiu 0,56 por cento, após avançar mais de 6 por cento na máxima da sessão, com expectativa por novidades sobre o acordo com a Boeing. Na véspera, a Reuters informou que a empresa norte-americana trabalha para superar as objeções de militares brasileiros a uma aliança com a Embraer, com alternativas para preservar os direitos de veto do governo a decisões estratégicas e salvaguardas para seus programas de defesa.

- PETROBRAS PN teve alta de 0,22 por cento, enquanto PETROBRAS ON recuou 0,67 por cento, em sessão negativa para os preços do petróleo no mercado internacional. Também no radar estavam as declarações do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que disse em entrevista à Reuters nesta sexta-feira que o governo federal é credor no processo de revisão da cessão onerosa com a Petrobras em "bilhões de dólares", mas essas receitas não devem entrar no caixa público neste ano.

- CCR ON teve alta de 0,63 por cento. O consórcio liderado pela empresa venceu nesta sexta-feira o leilão de concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de São Paulo, com ágio de 185 por cento em relação ao valor mínimo de outorga.

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