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Ibovespa cai com incerteza sobre China e cenário eleitoral

Investidores estão cautelosos pela possibilidade de que mais estímulos à economia chinesa não ocorram


	Bolsas: às 11h28, o Ibovespa caía 2,25%, e o giro financeiro era de cerca de 2,1 bilhões de reais
 (Raul Júnior/VOCÊ S/A)

Bolsas: às 11h28, o Ibovespa caía 2,25%, e o giro financeiro era de cerca de 2,1 bilhões de reais (Raul Júnior/VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 11h53.

São Paulo - A bolsa brasileira iniciava a semana com queda de cerca de 2 por cento, diante da cautela no exterior pela possibilidade de que mais estímulos à economia chinesa não ocorram. No cenário doméstico, predomina a incerteza sobre a corrida eleitoral em uma semana carregada de novas pesquisas.

Às 11h28, o Ibovespa caía 2,25 por cento, a 56.490 pontos. O giro financeiro do pregão era de cerca de 2,1 bilhões de reais.

O tom das principais bolsas globais, incluindo as europeias e norte-americanas, era negativo, em toada seguida pela Bovespa, com agentes financeiros temerosos sobre uma potencial desaceleração na China.

O ministro das Finanças chinês, Lou Jiwei, disse no domingo que a China não alterará dramaticamente sua política econômica por conta de um indicador econômico, em pronunciamento feito dias após muitos economistas reduzirem projeções de crescimento do país diante dos dados mais recentes.

A fala do ministro esfriou a expectativa de agentes financeiros de que Pequim adote novos estímulos à economia.

Além disso, a perspectiva de um resultado modesto para o PMI industrial da China do HSBC, a ser divulgado nesta noite, corroborava o sentimento negativo do mercado.

Por aqui, investidores buscavam se proteger de incertezas ligadas ao quadro eleitoral em uma semana recheada de novos levantamentos, como Vox Populi e Ibope.

Na sexta-feira, pesquisa Datafolha mostrou aumento da vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre Marina Silva (PSB) no primeiro turno e empate técnico entre as duas candidatas no segundo turno.

A corretora Guide Investimentos citou matérias na mídia apontando levantamentos internos da campanha de Dilma que a mostrariam à frente de Marina no segundo turno, assim como pesquisas do PSDB indicando que a recuperação do seu candidato, Aécio Neves, deve continuar.

"Ou seja, o recente rali eleitoral perde força e o quadro parece mais acirrado do que prevíamos no começo do mês", afirmou a Guide em nota.

Refletindo tais incertezas, a Bovespa fechou a semana passada no mesmo patamar registrado um mês antes, quando o Datafolha divulgou o primeiro levantamento incluindo Marina Silva como candidata à Presidência pelo PSB.

Nesta sessão, as ações das estatais Banco do Brasil , Eletrobras e Petrobras apareciam entre as maiores quedas do Ibovespa, com quedas superiores a 4 por cento.

Vale também recuava forte após o minério de ferro com entrega imediata na China cair abaixo de 80 dólares por tonelada pela primeira vez em cinco anos. Poucos papéis apareciam no campo positivo, entre eles, Fibria, Santander e TIM Participações.

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