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Ibovespa cai 1,82% com pressão da Vale, mas tem leve alta no mês

O movimento da sessão estendeu ajuste iniciado na véspera, quando interrompeu uma sequência de nove altas seguidas e renovações de máximas

B3: a queda nas ações da Vale ganharam força e tiraram ainda mais fôlego do índice (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: a queda nas ações da Vale ganharam força e tiraram ainda mais fôlego do índice (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 19h11.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista teve a segunda queda seguida nesta quarta-feira, em sessão marcada por noticiário corporativo intenso e com investidores de olho nos movimentos no exterior, mas encerrando fevereiro com modesta alta.

O Ibovespa fechou em queda de 1,82 por cento, a 85.353 pontos, mas com alta acumulada de 0,52 por cento no mês. O giro financeiro somou 17,95 bilhões de reais no pregão, acima da média diária para o mês, de 12,8 bilhões de reais.

O movimento da sessão estendeu ajuste iniciado na véspera, quando interrompeu uma sequência de nove altas seguidas e renovações de máximas. No fim do dia, a queda nas ações da Vale ganharam força e tiraram ainda mais fôlego do índice.

As perdas no mercado acionário norte-americano também corroboraram o movimento de ajuste. O S&P 500 fechou em baixa de 1,1 por cento.

"A gente está vendo uma realização natural", disse o diretor de operações da Mirae Pablo Spyer, acrescentando que o vê o mercado ainda esticado e com espaço para mais ajustes. Nos dois primeiros meses de 2018, o Ibovespa acumulou alta de 9,1 por cento, após subir quase 27 por cento no ano passado.

Destaques

- VALE ON cedeu 4,82 por cento, acelerando perdas rumo perto do final do pregão, após notícia da Agência Estado publicar que a empresa prepara uma oferta subsequente de ações para venda da participação detida na empresa pelo fundo de pensão do Banco do Brasil, Previ. A Vale negou posteriormente a intenção de realizar a oferta.

Mais cedo os papéis já recuavam, apesar de a companhia ter reportado números do quarto trimestre considerados fortes por analistas, com alta de 61 por cento no lucro líquido ante mesma etapa de 2016.Para analistas, embora os números tenham sido positivos, o mercado teme pela sustentabilidade dos preços do minério de ferro diante de uma desaceleração da indústria chinesa.

- EMBRAER ON caiu 4,73 por cento, maior queda do índice, diante de receios de atraso nas negociações com a Boeing após a recente troca de comando no Ministério da Defesa.

- EDP Brasil ON perdeu 2,71 por cento, mesmo após salto de 380 por cento no lucro líquido ajustado do quarto trimestre ante um ano antes. Segundo analistas

- WEG ON caiu 1,64 por cento, após resultado trimestral que, segundo analistas do JPMorgan, mostraram dados operacionais abaixo do esperado.

- BRF subiu 4,43 por cento em meio a articulações de acionistas para mudar o comando da empresa. O conselho de administração se reunirá na próxima segunda-feira para analisar pleito dos fundos de pensão do BB (Previ) e da Petrobras (Petros), para convocar assembleia e deliberar sobre a destituição de todos os membros do conselho.

- RUMO ON teve alta de 1,42 por cento. A empresa informou que o prejuízo do quarto trimestre diminuiu 87,4 por cento em relação ao mesmo período de 2016, enquanto o Ebitda subiu 110 por cento. Segundo o Credit Suisse, o resultado foi fortes e a empresa deve continuar se beneficiando do desempenho operacional, além de despesas menores com juros e melhora no perfil de fluxo de caixa.

- SMILES ON fechou em alta de 2,16 por cento, revertendo as perdas no início do pregão, após reportar lucro líquido de 123 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 24 por cento em relação ao obtido um ano antes.

- CARREFOUR BRASIL ON subiu 2,34 por cento, após reportar lucro de 633 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 9 por cento sobre mesma etapa de 2016.

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