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Ibovespa sobe mais de 2,5% com apoio do Centrão ao Alckmin

No mercado de câmbio, o dólar comercial registrava baixa de 2,23%, cotado a R$ 3,761

Bolsa: índice operava em 79 mil pontos (Paulo Whitaker/Reuters)

Bolsa: índice operava em 79 mil pontos (Paulo Whitaker/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de julho de 2018 às 10h32.

Última atualização em 20 de julho de 2018 às 11h50.

SÃO PAULO, 20 Jul (Reuters) - O principal índice acionário da B3 subia mais de 2% nesta sexta-feira, apoiado principalmente nos papéis de bancos e da estatal Petrobras, enquanto investidores monitoravam de perto as articulações de alianças no cenário político para a eleição presidencial de outubro.

Às 11:50, o Ibovespa subia 2,50%, a 79.459,41 pontos. O giro financeiro somava 4,66 bilhões de reais.

Na véspera, o indicador reverteu as perdas na reta final do pregão e fechou no campo positivo, após notícias de que o grupo dos chamados partidos de centro formado por PP, DEM, PR, SD e PRB, conhecido como blocão, caminhava para apoiar o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

Além dos desdobramentos no cenário político-eleitoral brasileiro, as atenções ainda se dividiam entre os balanços corporativos do segundo trimestre e a agenda de indicadores macroeconômicos.

Nesta manhã, o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), uma prévia da inflação oficial do país, voltou a ficar acima do centro da meta do governo em julho pela primeira vez em mais de um ano, subindo 0,64 por cento em julho, após a alta de 1,11% no mês anterior.

Segundo operadores, o noticiário doméstico ofuscava o viés mais negativo dos mercados no exterior, onde se intensificaram as preocupações sobre a tensão comercial dos Estados Unidos com a China e também a União Europeia.

"O quadro no exterior não é tão desfavorável para ativos de risco como aparente à primeira vista; e o noticiário político, aqui no Brasil, tem se tornado mais positivo aos olhos dos investidores", escreveu a Guide Investimentos em comentários a clientes.

DESTAQUES

- GOL PN subia 5,9%, liderando as altas do Ibovespa, em meio à influência positiva do câmbio. Agentes do mercado observaram que boa parte dos custos da companhia aérea é dolarizada, assim a empresa se beneficia da queda do dólar ante o real.

- PETROBRAS PN ganhava 5,2%, e PETROBRAS ON se valorizava 3,5%, em linha com o avanço dos preços internacionais do petróleo e após notícia de que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) descartou impor frequência de reajuste aos preços do diesel e da gasolina.

- ITAÚ UNIBANCO PN saltava 3,2%, e BRADESCO PN  subia 4,35%, reforçando o ímpeto de alta do Ibovespa, dado o peso dessas ações na composição do índice. Ainda no setor financeiro, SANTANDER UNIT ganhava 3,97% e BANCO DO BRASIL tinha acréscimo de 4,8%

- BRF se valorizava 1,15%, após a companhia anunciar a contratação de três novos executivos, dando continuidade ao processo de reestruturação organizacional desde que Pedro Parente assumiu a presidência-executiva do grupo de alimentos no mês passado.

- VALE cedia 0,36%, seguindo na contramão dos preços do minério de ferro na China.

- TIM Participações caía 3,8%, entre os destaques negativos do Ibovespa, uma vez que o anúncio de troca no comando da companhia ofuscou um resultado de segundo trimestre considerado forte por analistas do setor. A empresa conseguiu alta de 53% no lucro líquido do segundo trimestre sobre um ano antes.

-EMBRAER ON recuava 1,14% depois que a empresa divulgou entrega de 28 aviões comerciais e 20 executivos no segundo trimestre. Um ano antes, a Embraer entregou um total de 35 jatos comerciais e 24 jatos executivos. A carteira de pedidos no período encolheu de 18,5 bilhões para 17,4 bilhões de dólares.

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