Mercados

Ibovespa abre em alta ainda sob influência do Fed

Além do vencimento de opções sobre ações, que traz volatilidade para a petrolífera e para a mineradora, as companhias elétricas seguem se ajustando ao pacote para o setor

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 11h04.

São Paulo - O otimismo que predomina no exterior, ainda sob a influência das novas medidas de afrouxamento monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), coloca a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) novamente em trajetória de alta. A Europa, que na quinta-feira já havia fechado quando o Fed anunciou o QE3, ajusta-se nesta quinta-feira com fortes ganhos, enquanto os índices futuros de ações em Nova York também operam no território positivo. Neste cenário, o vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira pode ampliar a volatilidade, principalmente no caso de papéis importantes para a Bolsa brasileira, como Vale, Petrobras e OGX.

Às 10h09 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,77%, aos 62.437 pontos. Em Nova York, o S&P futuro tinha alta de 0,29% e o Nasdaq futuro avançava 0,33%. Na Europa, a Bolsa de Londres subia 1,46%, Paris avançava 1,86%, Frankfurt tinha alta de 1,19%, Madri subia 2,43% e Milão tinha ganhos de 2,11%.

Se a Europa recupera o tempo perdido, já que na quinta-feira não teve tempo de reagir ao Fed, os principais índices de ações de Nova York e do Brasil devem continuar subindo nesta sexta-feira pelo menos na abertura. Conforme um operador ouvido pela Agência Estado, o desempenho do Ibovespa também vai depender da agenda carregada de indicadores dos Estados Unidos e dos preços das commodities. "Nossa bolsa é commodity. Será preciso ver como estará o preço do minério de ferro e do petróleo e se as bolsas em Nova York vão ajudar", afirmou.

Nesta manhã os EUA anunciaram alta de 0,9% nas vendas do varejo em agosto, em cima da previsão do mercado. Já o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,6% em agosto ante julho, também em linha com as expectativas. Ao longo da manhã saem ainda a produção industrial em agosto e o índice de sentimento do consumidor norte-americano em setembro.

Internamente, os papéis de Petrobras, Vale e companhias elétricas estarão no radar. Além do vencimento de opções sobre ações na segunda-feira, que traz volatilidade para a petrolífera e para a mineradora, as companhias elétricas seguem se ajustando ao pacote para o setor, anunciado esta semana pelo governo. Na quinta-feira as empresas recuperaram parte das perdas mais recentes, em meio à euforia com o Fed.


No caso das opções, os vendidos aparentemente estão pressionados. "Com certeza, quem está vendido em opção a descoberto perdeu dinheiro", comentou o operador.

"Ninguém esperava que a Petrobras tivesse preço de exercício acima de R$ 22 e que a Vale tivesse exercício acima de R$ 36", comentou o operador. Na quinta-feira as ações preferenciais da Vale fecharam cotadas a R$ 37,29, enquanto as da Petrobras atingiram R$ 22,90.

Para o Ibovespa como um todo, conforme relatório enviado a clientes nesta manhã pela Um Investimentos, o índice possui um ponto de resistência gráfica nos 63.900 pontos e, acima disso, nos 66.380 pontos. Do lado da baixa, o suporte mais próximo está nos 59.500 pontos.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valores

Mais de Mercados

Eleição no Reino Unido não muda cenário para ativos e risco de crise é "muito alto", diz Gavekal

Americanas (AMER3): posição em aluguel na bolsa dobra no ano e representa mais de 30% do free float

Após eleições, Goldman Sachs eleva previsão de crescimento do Reino Unido

Ibovespa fecha em leve alta com payroll nos EUA; dólar cai a R$ 5,46

Mais na Exame