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Após bater máxima na manhã, Ibovespa se encaminha para novo recorde

Às 16h41, o Ibovespa subia 0,14% e ficava em 112.352,88 pontos

Ibovespa: índice sobe com expectativas relacionadas às negociações comerciais entre China e Estados Unidos (Cris Faga/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 13 de dezembro de 2019 às 10h43.

Última atualização em 13 de dezembro de 2019 às 16h44.

São Paulo —  O Ibovespa chegou a recuperar fôlego e renovar máxima nesta sexta-feira, após China e Estados Unidos anunciarem um chamado acordo comercial "fase 1", que contempla, entre outras medidas, a suspensão de tarifas norte-americanas sobre produtos chineses que passariam a valer a partir de domingo.

A forte queda das ações da Petrobras , contudo, pesava nos negócios, após o BNDES sinalizar oficialmente a possibilidade de venda de ações da petrolífera de controle estatal detidas pelo banco de fomento.

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Às 16h41, o Ibovespa subia 0,14%, e ficava em 112.352,88 pontos. Na máxima, chegou a 112.829,31 pontos. O volume financeiro somava 20,1 bilhões de reais.

O vice-ministro do Comércio da China, Wang Shouwen, afirmou também que os EUA vão cancelar algumas tarifas em fases e que o acordo comercial vai proteger os interesses das empresas estrangeiras na China, enquanto os interesses legais das empresas chinesas ao lidar com os EUA também serão protegidos.

No Twitter, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que os EUA concordaram com uma fase 1 muito ampla com a China. "Eles concordaram com muitas mudanças estruturais e fortes compras de produtos agrícolas, energia e manufaturados, e muito mais."

A bolsa paulista chegou a começar o pregão com viés positivo, em meio a expectativas sobre o acordo sino-americano e dados que reforçaram a trajetória de recuperação da economia brasileira, mas comentários anteriores do presidente norte-americano, negando reportagem do Wall Street Journal, colocaram o Ibovespa no vermelho, chegando a 111.779,96 pontos na mínima.

O Wall Street Journal noticiou na véspera que as negociações contemplavam uma oferta pelos EUA de corte de até 50% nas tarifas em vigor sobre 360 bilhões de dólares em importações da China, além do cancelamento de novas taxações planejadas para entrar em vigor em 15 de dezembro.

Patrik Lang, chefe da área de pesquisa em renda variável do banco Julius Baer, destacou que um acordo de "fase 1" para evitar as tarifas de 15 de dezembro e reverter algumas das tarifas anteriores era algo que mercados acionários esperavam, conforme nota a clientes.

Da cena local, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,17% em outubro na comparação com o mês anterior, em dados ajustados sazonalmente informados pelo BC, acima do esperado.

Notícias corporativas, incluindo nomes como Petrobras e Via Varejo, também repercutiam nos negócios, no último pregão antes do vencimento de opções sobre ações na segunda-feira.

Destaques

- PETROBRAS ON cedia 3,5%, entre as maiores quedas, apesar da alta dos preços do petróleo, tendo no radar notícia de que Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou a companhia sobre sua intenção de avaliar a venda de até a totalidade de ações ordinárias que detém da empresa. PETROBRAS PN perdia 2,5%.

- VIA VAREJO ON subia 5%, após forte ajuste negativo no fechamento da véspera, na esteira de fato relevante da empresa sobre indícios de fraude fiscal, com impacto estimado de até 1,4 bilhão de reais no resultado do quarto trimestre. Os papéis subiam 8% antes da divulgação e fecharam em baixa de 3%. GPA PN, controlador da Via Varejo até meados do ano, caía 2,25%.

- MAGAZINE LUIZA ON avançava 2,2%, tendo também no radar evento da companhia com investidores e analistas nesta sexta-feira, no qual sinalizou estar disposta a abrir mão de sua margem para entregar um crescimento exponencial nas vendas e de investir em serviços bancários, disse o presidente-executivo da rede de varejo.

- CIELO ON tinha alta de 2,1%, após anunciar na quinta-feira uma parceria com a Ame, carteira digital da Lojas Americanas e da B2W, para pagamentos com QR Code.. LOJAS AMERICANAS PN subia 0,8% e B2W ON avançava 0,6%.

- NATURA ON mostrava elevação de 2,8%, tendo de pano de fundo relatório do Bradesco BBI, no qual o analista Richard Cathcart elevou a recomendação dos papéis para 'neutra' e o preço-alvo de 31 para 38 reais, afirmando estar com uma visão mais otimista dos resultados após a publicação do guidance pela Avon, bem como que enxerga catalisadores potencialmente positivos à medida que a conclusão do negócio se aproxima.

- VALE ON subia 0,5%, acompanhando o movimento de papéis de mineradoras na Europa, em sessão de alta dos preços do minério de ferro na China.

- BTG PACTUAL UNIT tinha variação negativa de 0,2%, pior desempenho entre os bancos listados no Ibovespa, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN subiam 1,1% e 0,5%, respectivamente.

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