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HSBC nomeia primeira mulher como diretora financeira em meio a reestruturação global

Pam Kaur assume o cargo de diretora financeira em uma reorganização que divide operações do banco entre mercados orientais e ocidentais

Pam Kaur é nomeada diretora financeira do HSBC, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo na história da instituição. (HSBC/Divulgação)

Pam Kaur é nomeada diretora financeira do HSBC, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo na história da instituição. (HSBC/Divulgação)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 22 de outubro de 2024 às 07h47.

Última atualização em 22 de outubro de 2024 às 07h47.

O HSBC anunciou nesta terça-feira, 22, uma ampla reestruturação sob a liderança do novo CEO, Georges Elhedery, que inclui a nomeação de Pam Kaur como a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora financeira da instituição. Kaur, de 60 anos, ocupava anteriormente o posto de diretora de risco e conformidade do banco.

De acordo com a Reuters, a reestruturação faz parte de um movimento maior do HSBC para reformular suas operações globais, fundindo algumas divisões de banco comercial e de investimento. O objetivo, segundo Elhedery, é “liberar todo o nosso potencial e impulsionar o sucesso no futuro”. Além da nova estrutura de liderança, o banco dividirá suas operações geográficas em dois grandes mercados: o Oriente, que inclui Ásia-Pacífico e Oriente Médio, e o Ocidente, composto por Europa Continental, Américas e o Reino Unido, excluindo o banco de varejo.

Mudanças estratégicas e foco na Ásia

O HSBC, que emprega cerca de 214 mil pessoas em todo o mundo, tem buscado há anos reduzir a duplicação de funções e concentrar suas operações em mercados onde possui maior escala, como a Ásia. Com as taxas de juros globais começando a cair, a pressão sobre o crescimento dos lucros aumenta, o que levou Elhedery a revisar como reduzir custos e aumentar a receita.

A fusão das divisões de banco comercial e de investimentos – exceto em Hong Kong e no Reino Unido – é uma das medidas centrais da reestruturação. O CEO espera que essa mudança promova uma cooperação mais estreita entre as áreas, permitindo ao banco oferecer uma gama mais ampla de produtos aos seus clientes corporativos globais. Esse movimento visa resolver um problema de longa data da instituição: a dificuldade em persuadir os clientes comerciais a adquirir mais produtos da divisão de banco de investimentos

Impacto nos funcionários e no mercado

Embora o banco não tenha revelado detalhes sobre quantos empregos serão afetados ou quanto espera economizar com a reestruturação, mais informações devem surgir quando o HSBC divulgar seus resultados do terceiro trimestre em 29 de outubro. As ações do HSBC pouco reagiram ao anúncio, com uma leve queda de 0,04%, enquanto o índice FTSE 100 caiu 0,36%. Nos últimos 12 meses, as ações do banco subiram 12%, abaixo do crescimento de 33% registrado pelo índice STOXX, que acompanha os bancos europeus.

Além das mudanças estruturais, o HSBC também anunciou alterações na alta administração. O comitê executivo da empresa será reduzido de 18 para 12 membros, com a nova denominação de Comitê Operacional do Grupo. Entre outras mudanças, Greg Guyett, CEO do Global Banking and Markets, assumirá o novo cargo de presidente do Grupo de Clientes Estratégicos. Colin Bell, chefe das operações na Europa, e Stephen Moss, responsável pelo Oriente Médio, estão deixando o banco, segundo um memorando interno.

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