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HSBC: com melhora nos EUA e China, Ibovespa volta a andar

Para Pedro Bastos, presidente da HSBC Asset Management, bolsa brasileira deve ganhar fôlego extra no ano que vem


	Executivo afirma que, apesar da percepção de juros baixos no mundo todo, ainda há poucos investidores com apetite para procurar mais risco, sobretudo no mercado de ações
 (GettyImages)

Executivo afirma que, apesar da percepção de juros baixos no mundo todo, ainda há poucos investidores com apetite para procurar mais risco, sobretudo no mercado de ações (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 12h52.

São Paulo - A bolsa brasileira deve ganhar fôlego extra em 2013 para se livrar do marasmo que viveu ao longo deste ano. Para o presidente da HSBC Asset Management, Pedro Bastos, essa ajuda deve vir do exterior, com a melhora das economias dos Estados Unidos e da China.

O executivo afirma que, apesar da percepção de juros baixos no mundo todo, ainda há poucos investidores com apetite para procurar mais risco, sobretudo no mercado de ações. “Por isso, ainda há muito dinheiro parado, em busca de oportunidades”, afirma. Bastos participou do Fórum Bloomberg Brasil, realizado hoje em São Paulo.

Segundo ele, com o início da recuperação nos Estados Unidos, “que ainda é a economia mais dinâmica do mundo, esse dinheiro vai começar a se movimentar, buscando ativos de risco no mercado americano, impulsionando também o Brasil”.

IPOs

Bastos acredita que o avanço da economia americana estimulará “uma fila enorme” de empresas querendo acessar o mercado de capitais. Esse movimento terá reflexo também no mercado brasileiro. “O crescimento das empresas no mercado brasileiro é uma das saídas para o marasmo que vivemos atualmente”, afirma.

Na visão do executivo, à medida que Estados Unidos e China dão sinais de que a pior fase já ficou para trás, empresas brasileiras voltadas ao mercado externo vão se animar a fazer ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês). “Vai oxigenar muito a nossa indústria.”

Mas, apesar do interesse de empresas ligadas a setores externos no mercado de capitais, elas não serão as protagonistas desse movimento de IPOs. Segundo Bastos, a tendência é que muitas empresas que atuam no mercado doméstico cheguem à bolsa no ano que vem. “Isso tem um poder cognitivo muito grande, porque essas empresas são conhecidas dos investidores, fazem parte do dia a dia, mais fáceis de serem percebidas e entendidas pelo investidor local.”

Preço justo

Para Bastos, não é o preço da bolsa brasileira que tem mantido os investidores distantes. “O Ibovespa negocia a um preço justo”, afirma. “O gatilho para o mercado andar será a redução do risco, com a melhora do cenário internacional.”

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