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HRT despenca na bolsa e mercado vê situação "dramática"

Primeiro resultado da exploração na Namíbia vem abaixo do esperado e aumenta preocupações sobre o nível de caixa


	Campanha exploratório na Namíbia ainda conta com mais duas perfurações
 (Divulgação)

Campanha exploratório na Namíbia ainda conta com mais duas perfurações (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 12h37.

São Paulo – Um par de notícias ruins sobre a campanha exploratória da petroleira HRT (HRTP3) derruba as ações da empresa nesta terça-feira. A companhia, cujo fundador recentemente renunciou ao cargo de CEO, disse em um comunicado que dois poços que estavam sendo perfurados, na Bacia do Solimões (Amazônia brasileira) e na Namíbia (África), não serão viáveis comercialmente.

“Isso é muito ruim porque o tempo corre contra a HRT e a empresa não irá sobreviver se não achar petróleo nas demais áreas”, ressalta Oswaldo Telles, analista do BES Investimentos, em entrevista. Segundo ele, na Namíbia, o resultado do primeiro poço não influencia a expectativa para os demais, mas o mercado deve reagir com nervosismo.

"A queda de hoje é apenas parte da reação ao evento, que vem de antes: os papéis caem 42% desde o começo do ano e – mais impressionante – acumulam desvalorização de 38% em maio", lembra Roberto Altenhofen, analistas da empiricus, em um post no blog Mercado em 5 Minutos, de EXAME.com.  "A aposta em HRTP3 segue como era: assimetria de retornos potenciais. Você sabe quanto pode perder, mas não sabe quanto pode ganhar. Obviamente, o componente de risco de um racional destes é bastante expressivo", pondera.

Resultado

A empresa perfurou até 5 mil metros para encontrar petróleo em um volume comercial na Namíbia, mas o que foi encontrado não foi suficiente e o poço está sendo abandonado. A HRT avalia que as rochas presentes na área apresentam potencial para outros intervalos de reservatórios de outros prospectos, como o Murombe, que será o próximo a ser perfurado.

Esse será o segundo a ser explorado de um total de três no projeto para a Namíbia (veja imagem). 

“A descoberta e a recuperação do primeiro óleo no offshore da Namíbia nos faz sentir confiantes de que iremos alcançar nossos objetivos, os quais foram definidos no nosso programa de perfuração no país”, destacou Milton Romeu Franke, diretor-presidente da HRT, em nota.

Caixa

Apesar de a companhia brasileira ter garantido algum fluxo de caixa após a aquisição de 60% no Campo de Polvo da BP, que tem produção diária de 13 mil barris por 135 milhões de dólares, a preocupação sobre a viabilidade da empresa é crescente.

“A ocorrência de poços secos e subcomerciais é normal no setor de petróleo, porém, para uma empresa que está começando sua campanha exploratória, como a HRT, a notícia fica dramática”, ressalta a equipe da corretora Planner, em um relatório.

Para os analistas do Bank of America Merrill Lynch, Frank McGann e Conrado Vegner, a falta de resultados totalmente positivos na Namíbia é uma "grande preocupação". O caixa da empresa passou de 1,5 bilhão de reais em 2011, para 1 bilhão em 2012 até chegar a 829 milhões de reais em 31 de março.

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