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Grécia dá o primeiro passo para troca de títulos

O financiamento para o país será feito pela troca de títulos para detentores privados da dívida grega

O segundo resgate à Grécia desde 2010 foi fechado pelos ministros da zona do euro na terça-feira (Paul MIller/Getty Images)

O segundo resgate à Grécia desde 2010 foi fechado pelos ministros da zona do euro na terça-feira (Paul MIller/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 11h31.

Atenas - A Grécia deu na quinta-feira o primeiro passo para receber o financiamento urgentemente necessário de 130 bilhões de euros do pacote de resgate, com o Parlamento endossando a troca de títulos para detentores privados de sua dívida.

A troca, em que os investidores negociam títulos para dívida de valor mai baixo, será lançada nesta sexta-feira com o objetivo de cortar 100 bilhões de euros de obrigações, equivalentes a 160 por cento da produção nacional, que levaram o país à beira de um default caótico.

"Aprovando essa lei, o Parlamento nos permitirá sair do vórtice", disse o ministro das Finanças Evangelos Venizelos a parlamentares.

"Para obter sucesso, precisamos estar unidos, sérios, confiáveis, persistentes e trabalhar, trabalhar, trabalhar", acrescentou, antes de a lei de troca de dívida ser aprovada pela maioria apoiada pelos seus parceiros de coalizão do partido Socialista PASOK e do Nova Democracia.

O segundo resgate à Grécia desde 2010 foi fechado pelos ministros da zona do euro na terça-feira, revertendo a ameaça de um default caótico no mês que vem, mas fazendo pouco para tranquilizar as dúvidas sobre a estabilidade fiscal e social de longo prazo do país.

"O pacote não é uma garantia de que o problema na Grécia será resolvido", disse em uma carta o ministro das Finanças da Holanda, Jan Kees de Jager, ao seu Parlamento.

"A Grécia terá que tomar amplas medidas e mostrar que vai implementar as reformas necessárias", disse De Jager, que juntamente com seu parceiro Wolfgang Schaeuble, da Alemanha, liderou o ceticismo sobre o comprometimento de Atenas em colocar suas finanças públicas em ordem.

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