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Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2011 às 18h50.
São Paulo - A conclusão do segundo pacote de ajuda à Grécia empolgou as bolsas de valores nesta quinta-feira, dia de queda dos juros futuros e alta de ações de construtoras no Brasil após a indicação do Banco Central (BC) de que a alta da Selic pode parar.
A União Europeia ampliará os empréstimos de emergência à Grécia, com juros ainda menores, e costurou com o setor privado o abatimento de parte da dívida do país, de modo a reduzir o peso da dívida sobre a economia e evitar um calote desordenado dentro da zona do euro. [ID:nE5E7ID036] Segundo o presidente do Eurogroup, Jean-Claude Juncker, este é o pacote "final" de ajuda à Grécia.
As autoridades não declararam que a restruturação da dívida grega representa um "default" seletivo e disseram que cabe às agências de classificação de risco essa avaliação. Mas o presidente da França, Nicolas Sarkozy, antecipou-se dizendo que os governos darão garantias aos bancos caso as agências rebaixem os títulos gregos à classificação de "default".
No Brasil, o principal destaque foi a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que elevou na noite de quarta-feira a Selic em 0,25 ponto percentual, para 12,50 por cento ao ano, como esperado, mas manteve em aberto a próxima reunião, em agosto.
Analistas agora esperam a ata da reunião, a ser divulgada na semana que vem, para avaliar melhor a continuidade do ciclo de aperto monetário. [ID:nN1E76K0CY] Mas a possibilidade de que os juros não sejam elevados no mês que vem foi suficiente para promover a alta de até 7 por cento das principais ações do setor de construção, altamente sensível ao custo do crédito no país. [ID:nN1E76K1Y0] Na agenda de indicadores, o governo norte-americano anunciou que o número de pedidos de auxílio-desemprego cresceu mais que o esperado na semana passada, em 10 mil, para um número ajustado sazonalmente de 418 mil. [ID:nE5E7HS025] Além disso, o índice de indicadores antecedentes dos Estados Unidos subiu mais que o esperado em junho, 0,3 por cento, para 115,3. [ID:nE5E7HS02G].
Na sexta-feira, os investidores monitoram o mercado de câmbio e a possibilidade de uma intervenção mais dura do governo para evitar que o dólar caia abaixo de 1,55 real pela primeira vez desde janeiro de 1999.