Escritório do Google (GOOGL34) em Mountain View, na Califórnia (Mike Blake/Reuters)
Ser rejeitado no trabalho uma vez pode ser um baque para a autoestima de muita gente. E são muito poucas as pessoas que tentam mais uma vez entrar em uma empresa onde já receberam um "não".
Entretanto, muitas vezes insistir pode ser a melhor estratégia para alcançar o trabalho dos sonhos.
Esse foi o caso de Tyler Cohen, analista que foi rejeitado 39 vezes em três anos pelo Google (GOOGL34), e que acabou sendo contratado na 40a tentativa.
Cohen trabalha como responsável pela estratégia e gestão de operações da DoorDash, uma plataforma de entrega de alimentos dos EUA.
Entretanto, o sonho dele sempre foi trabalhar no Google.
Só que o buscador mais famoso do mundo, aparentemente, simplesmente não queria saber de Tyler.
Mesmo se o analista apresentava um currículo de peso: formado na Northeastern University, com experiências profissionais na gigante de consultoria EY e muitas outras no setor de marketing, além de um conhecimento de base de chinês.
Na tentativa número 40, entretanto, Tyler conseguiu conquistar a tão desejada vaga no Google.
Ele decidiu comemorar o resultado com um post no Linkedin (rede social que, por sinal, é controlada pela rival do Google, a Microsoft).
"Existe uma linha tênue entre perseverança e doença, ainda estou tentando descobrir qual me pertence", escreveu Tyler, postando o print da tela com todos os "não, obrigado" recebidos pelo Google a partir do dia 25 de agosto de 2019.
Até o último e-mail, com data 19 de julho de 2022 cujo título foi "Bem-vindo ao Google!".
No LinkedIn, a história do sucesso de Tyler ganhou mais de 38 mil compartilhamentos e 775 comentários.
Entre eles o da própria conta oficial do Google, que escreveu "que viagem, Tyler! Já estava na hora”.
Além da perseverança, a conquista de Tyler é ainda mais relevante já que chega em um momento em que todos os gigantes da tecnologia, incluindo Google e Apple (AAPL34), estão desacelerando o ritmo de contratações programadas para os próximos meses.
Os resultados trimestrais que estão sendo publicados nessas semanas não são exatamente brilhantes.
E esses números fracos, juntos com a onda de incertezas geopolíticas, a crise das cadeias de abastecimento internacionais e a inflação está se tornando um freio para as contratações.
Ao contrário, algumas empresas estão realizando uma série de demissões.
O Google, em particular, suspendeu as novas contratações por duas semanas, estabelecendo uma desaceleração para o resto do ano.
Para se ter uma ideia do tamanho do RH do Google, é suficiente pensar que a empresa tem cerca de 170 mil funcionários e que somente no segundo trimestre contratou mais de 10 mil pessoas.