Mercados

Goldman tira BR Foods da lista de destaques

Banco afirma, entretanto, que ações da Souza Cruz são a preferência para investir na bolsa brasileira


	Produção da Souza Cruz: ações da companhia são as preferidas do Goldman Sachs para a Bovespa
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Produção da Souza Cruz: ações da companhia são as preferidas do Goldman Sachs para a Bovespa (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 15h01.

São Paulo - As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da BR Foods saíram da lista de ações em destaque no setor de consumo para a América Latina, elaborada pelo banco de investimentos americano Goldman Sachs. Em relatório enviado a clientes, o banco afirma que as ações da Souza Cruz são a preferência para investir na bolsa brasileira.

Segundo os analistas Luca Cipiccia e João Barrieu, as ações da BR Foods saem da lista de preferências para dar lugar às da mexicana Coca Cola Femsa. O movimento é parte da estratégia de reduzir a exposição ao mercado brasileiro e aumentar ao México. “Temos uma visão mais positiva para o México do que para o Brasil em 2014”, explicam.

Contudo, BR Foods continua com recomendação de compra pelos analistas do Goldman. “Continuamos enxergando os papéis como uma das melhores opções de compra do mercado latino-americano”, diz o relatório.

O banco espera um bom desempenho para a companhia em 2014, como resultado da nova estratégia adotada pelo presidente Claudio Galeazzi, que assumiu a BR Foods em meados do ano passado. Já no primeiro trimestre do ano, as margens da empresa devem começar a expandir, mostrando uma tendência consistente de crescimento, “resultado de um maior esforço comercial e foco no cliente”.

O preço justo estimado pelos analistas do Goldman para BR Foods ON é de R$ 61 por ação para o fim de 2014. No pregão de hoje, por volta das 14h15, as ações caíam 2,90%, negociadas a R$ 44,57. No mesmo horário, o Índice Bovespa caía 1,91%, aos 49.611 pontos.

Souza Cruz é favorita

As ações ON da Souza Cruz também têm recomendação de compra e continuam na lista de destaques no setor de consumo para a América Latina, segundo o relatório do Goldman. O papel, além de ter um bom potencial de valorização, na visão dos analistas, traz ainda um caráter defensivo à carteira dos investidores.

A empresa, que detém 77% do mercado nacional de cigarros, deve mostrar, ao longo do ano, uma trajetória forte de crescimento. Os analistas acreditam que grandes eventos, como a Copa do Mundo e a eleição presidencial, devem aquecer o mercado, beneficiando a companhia.

O preço justo para os papéis da Souza Cruz é de R$ 25,4 para o fim do ano. Na sessão de hoje, as ações negociavam em queda de 0,86%, a R$ 23,00. Esses preços estimados pelos analistas são calculados com base em projeções de desempenho das companhias ao longo do ano. Para que se concretizem, contudo, é preciso que certas condições de oferta e procura pelas ações na bolsa sejam cumpridas.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoAlimentos processadosB3Bancosbancos-de-investimentobolsas-de-valoresBRFCarnes e derivadosEmpresasEmpresas abertasEmpresas americanasEmpresas brasileirasEmpresas inglesasGoldman SachsSadiaSouza Cruz

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado