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Futuros de aço, carvão e minério despencam na China

Investidores mostraram preocupações sobre a liquidez na segunda maior economia do mundo

Carvão: contrato futuro mais negociado do carvão de coque na bolsa de Dalian teve a maior queda diária da história (Peter Van den Bossche/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Carvão: contrato futuro mais negociado do carvão de coque na bolsa de Dalian teve a maior queda diária da história (Peter Van den Bossche/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 14h11.

Pequim - Os contratos futuros do aço e de suas matérias-primas despencaram nesta quarta-feira com investidores buscando liquidar posições altistas em meio a uma alta nos rendimentos de títulos que renovaram preocupações sobre a liquidez na segunda maior economia do mundo.

O carvão de coque e o vergalhão de aço tiveram a maior queda diária já registrada, enquanto investidores também venderam metais básicos para obter recursos. Os futuros de zinco e do cobre também tiveram forte queda no dia.

Vendas técnicas e disparadas por computador aumentaram a pressão pelo segundo dia consecutivo, com grandes liquidações depois que as principais bolsas de commodities implementaram novas medidas para frear um forte rali que já dura meses.

O contrato futuro mais negociado do carvão de coque na bolsa de Dalian teve a maior queda diária da história, caindo 8,09 por cento para 1.295 iuanes (188 dólares) por tonelada.

O vergalhão de aço na bolsa de Xangai caiu 6 por cento, a 3.040 iuanes (442 dólares) por tonelada, também a maior queda diária já registrada.

O contrato maio do minério de ferro em Dalian recuou 6 por cento para 566 iuanes (82 dólares ) por tonelada, uma das maiores quedas percentuais desde que os contratos futuros da commodity foram lançados três anos atrás.

Mesmo depois da queda, os preços do vergalhão de aço ainda encerraram o mês com alta acumulada de 13 por cento, enquanto o minério fechou novembro com salto de 23 por cento.

"Há um aperto de liquidez na China, e isso não é bom para as commodities na China", disse a analista Helen Lau, da Argonaut Securities. "Os especuladores e investidores de varejo têm grandes posições compradas em commodities, o que amplifica as mudanças nos preços."

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