Focus: expectativa menor; Brasil exporta…
Focus reduz expectativas Diante da recente crise política que se instalou no país, analistas consultados semanalmente pelo Banco Central para formulação do Boletim Focus demonstram ligeira mudança para com as expectativas da economia brasileira ao final do ano. O IPCA, medidor oficial da inflação, é projetado para terminar 2017 com alta de 3,95%, ante 3,92% […]
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2017 às 18h57.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h01.
Focus reduz expectativas
Diante da recente crise política que se instalou no país, analistas consultados semanalmente pelo Banco Central para formulação do Boletim Focus demonstram ligeira mudança para com as expectativas da economia brasileira ao final do ano. O IPCA, medidor oficial da inflação, é projetado para terminar 2017 com alta de 3,95%, ante 3,92% da semana anterior. Em relação ao PIB, as estimativas são de crescimento de 0,49% neste ano, sobre 0,50% antes, e de 2,48% em 2018, também ligeiramente abaixo dos 2,50% esperados até então. Economistas mantiveram a projeção no afrouxamento da taxa básica de juros (Selic), que deve ser cortada em 1 ponto percentual na reunião do Copom que tem início nesta terça-feira. O resultado é o contrário do que o boletim vinha divulgando até então.
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“Mãos políticas limpas”
Em editorial publicado nesta segunda-feira, o jornal britânico Financial Times defendeu que o Brasil precisa de “mãos políticas limpas” para dar continuidade às reformas estruturais, como a trabalhista e a previdenciária. Segundo o jornal, investidores compraram a tese de que com o impeachment de Dilma a normalidade voltaria aos mercados. Temer é descrito como não menos corrupto do que Dilma, mas ainda como negociador competente que detinha apoio no congresso. Segundo o jornal, as chances de um retorno à recessão aumentaram e que a percepção geral é que a elite política busca antes evitar a cadeia do que governar com qualidade.
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Máquina exportadora
O Brasil foi o país que teve o maior aumento nos índices de exportação entre todos os membros do G-20 no primeiro trimestre do ano. Dados divulgados nesta segunda-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apontam que as vendas para o exterior cresceram 21,5% nos primeiros três meses de 2017. A média mundial foi de 3%. De acordo com a OCDE, o início deste ano marcou a retomada do comércio exterior e teve o melhor resultado para o período desde 2011. O total exportado pelo Brasil atingiu 56 bilhões de dólares, motivado pela alta no preços das commodities e pela volta da importação acelerada na China. A recuperação do mercado europeu, ainda que frágil, também ajudou.
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Bolsa: baixo movimento
O dia foi de baixo volume de operações na bolsa diante de feriados em importantes mercados globais, como os Estados Unidos e a China. O pregão começou a semana em queda de 0,5%, com 63.777 pontos, ainda de olho no cenário político interno. O volume financeiro negociado foi de 3,7 bilhões de reais, menos da metade da média diária do ano, que é de 8,4 bilhões. A maior alta foi da companhia de papel e celulose Fibria, que teve alta de 3,64%, com mudança de recomendação para o setor pelo banco Santander, reiterando a “compra”. A maior queda do dia foi da empresa de formas de pagamento Cielo, 2,44%. O dólar iniciou a semana em alta, embora o movimento de operações também sido reduzido devido ao feriado. A divisa avançou 0,12%, para 3,270 reais.
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JBS investigada
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já tem oito processos em andamento contra o frigorífico JBS, todos abertos desde que Joesley Batista, um dos sócios da empresa, divulgou denúncias contra o presidente Michel Temer. O primeiro processo foi aberto no dia 17 de maio e o último no dia 26. A CVM informa que a abertura do processo foi motivada por notícias, fatos relevantes e comunicados, mesma justificativa dos outros, com exceção de um que foi motivado por reclamação de investidor. Em outro front, O Ministério Público também fez um novo acordo de leniência com a J&F, holding que controla o frigorífico, mas não quer abrir mão da multa de 11 bilhões de reais. As ações do frigorífico caíram 0,13%.
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Alta do minério
As ações vinculadas ao mercado do minério de ferro tiveram alta nesta segunda-feira, indo de encontro à baixa da Bovespa. A commodity teve alta de 1,02% no exterior, impulsionando ações como as preferenciais da mineradora Vale, que subiram 1,14%. Os papéis ordinários tiveram alta de 0,72%. Entre as principais altas do dia estiveram também a siderúrgica CSN, com avanço de 3,3% no valor das ações, e o fundo Bradespar, que é controlador da Vale, com alta de 3,03%.