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Fleury (FLRY3) sobe forte na bolsa e analistas questionam se mais aquisições virão

O Fleury (FLRY3) anunciou na noite de ontem, a aquisição de 100% do grupo de medicina diagnóstica São Lucas, de Itajaí

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 23 de abril de 2024 às 13h31.

Última atualização em 23 de abril de 2024 às 13h48.

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O Fleury (FLRY3) anunciou na noite de ontem, 22, a aquisição de 100% do grupo de medicina diagnóstica São Lucas, de Itajaí, por R$ 69,8 milhões. A aquisição marca a entrada do Grupo Fleury em B2C em Santa Catarina, na mesma cidade onde já atua em B2B com núcleo técnico advindo do Grupo Pardini.

Nesta terça-feira, 23, os papéis da companhia subiam forte na bolsa. Por volta das 12h30, 4,85%. Com isso, o Fleury chega ao valor de mercado de R$ 8,04 bilhões.

Em relatório publicado, o Goldman Sachs elevou o Fleury de neutro para compra e aumentou o preço-alvo das ações de R$ 18 para R$ 19. O banco enxerga a movimentação da companhia como uma alternativa defensiva convincente no setor. Segundo os analistas, os principais desafios operacionais, como a desaceleração no crescimento das marcas premium, parecem já estar incorporados em números de consenso.

“Acreditamos que FLRY3 apresenta não apenas uma avaliação convincente para cobrir esses riscos, mas os retornos totais também parecem atraentes no médio prazo (hipoteticamente, rendimento de dividendos de 8%/10% em 2024/2025 se assumirmos uma taxa de pagamento de 100%.”

Mais aquisições virão?

O BTG (mesmo grupo controlador da EXAME) destacou em relatório publicado que o Fleury tem avaliado fusões e aquisições mais de perto, especialmente alvos menores, desde quando a alavancagem da empresa atingiu 1,2x o EBITDA (endividamento saudável em relação aos pares).

Segundo os analistas do banco, embora não seja tão barato, eles dizem que movimentos como este poderiam fortalecer o chamado 'Fleury de crescimento’, já que a empresa é um dos poucos nomes que, segundo eles, podem ter espaço para explorar oportunidades como esta.

O BTG questiona se não haverá mais fusões e aquisições por vir. Se isso acontecer, a expectativa é que impacte no fluxo de dividendos desacelere neste ano.

"Com perspectivas de crescimento e melhorias de margem ainda incertas, nossa recomendação é neutra. Temos, no entanto, uma tendência positiva numa ações que parecem uma boa aposta de valor, principalmente em tempos de volatilidade aguda do mercado."

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