Fleury (FLRY3): BTG Pactual considera reavaliar recomendação a depender de alocação do capital (Fleury/Divulgação)
A nova emissão de ações da rede de medicina diagnóstica Fleury (FLRY3) vai levar a uma diluição máxima de 22% das ações, calcula a equipe do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME). A oferta subsequente já era esperada pelo o mercado, embora a ação tenha terminado o pregão com queda.
A operação será de, no mínimo, R$ 602,6 milhões e de, no máximo, R$ 1,218 bilhão. As novas ações serão emitidas a R$ 17,27, com desconto de 6,5% em relação à cotação de sexta-feira, 14. Do valor por ação, R$ 11,52 serão destinados à reserva de capital e R$ 5,75, ao capital social.
O tamanho mínimo da oferta é de 34,8 milhões de ações (48% da oferta máxima), mas o bloco de controle, composto pelo Bradesco e por sócios-fundadores, exercerá a totalidade dos direitos de subscrição a que faz jus, ou seja, um mínimo de 50% da oferta.
"Apesar de aprovarmos a fusão com a Hermes Pardini, desde o primeiro dia nunca pensamos que um aumento de capital fosse realmente necessário [muitas empresas que cobrimos estão com alavancagem acima de 2x Ebitda]. Mas desde a fusão, a Fleury anunciou uma enxurrada de pequenos movimentos inorgânicos, mostrando que sua agenda de fusões e aquisições está praticamente intacta", escrevem os analistas do banco.
Segundo a equipe, uma reavaliação da ação é possível. Hoje, a recomendação do BTG Pactual é neutro com preço-alvo de R$ 17,00, o que implica um desconto de 0,05% sobre o preço de fechamento desta segunda-feira, 17: R$ 17,94.
"Tivemos um viés positivo sobre a Fleury desde a fusão", escrevem acrescentando que o papel está barato. "Uma reavaliação dependerá da alocação de capital [vamos ver como isso se desenrola] e captura de sinergias relacionadas ao Pardini."