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Fitch vê cenário negativo para setor de carnes do Brasil

As empresas destes segmentos enfrentaram dificuldades no ano passado, quando os preços de grãos dispararam em meio à quebra de safras no Brasil e EUA


	A Fitch ponderou que os processadores de carne bovina do Brasil devem se beneficiar de um ciclo positivo no Brasil, como boa disponibilidade de animais para abate
 (Daniel Mihailescu/AFP)

A Fitch ponderou que os processadores de carne bovina do Brasil devem se beneficiar de um ciclo positivo no Brasil, como boa disponibilidade de animais para abate (Daniel Mihailescu/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 14h49.

São Paulo - A indústria de proteína animal do Brasil deve enfrentar um cenário desfavorável em 2013, com a volatilidade dos preços de commodities, câmbio e outros fundamentos, apontou a agência de classificação de risco Fitch em relatório nesta quarta-feira.

"Em graus variados, todos os produtores de proteína brasileiros estão expostos a riscos, incluindo preços voláteis de commodities, flutuação cambial desfavorável, potencial surgimento de doenças e embargos regionais à exportação", disse a diretora da Fitch, Viktoria Krane.

A agência também apontou concorrência acirrada neste ano.

"A competição por participação de mercado entre os processadores de carnes com marcas se intensificará em 2013", acrescentou.

Segundo a agência, os custos de ração permanecem relativamente elevados para os produtores de suínos e aves.

As empresas destes segmentos enfrentaram dificuldades no ano passado, quando os preços de grãos dispararam em meio à quebra de safras no Brasil e EUA, sob efeito de clima adverso, puxando custos e estreitando suas margens de lucro.


Por outro lado, as indústrias de carnes bovina, suínas e de frango trabalham com um cenário de incremento nas exportações e melhoras de preços em 2013.

A Fitch ponderou que os processadores de carne bovina do Brasil devem se beneficiar de um ciclo positivo no Brasil, como boa disponibilidade de animais para abate, como já vem apontando a indústria.

A agência ressaltou ainda que perto de 2 bilhões de dólares foram levantados pelas empresas brasileiras de proteína animal em janeiro de 2013, o que deve ajudar a melhorar o perfil da escala de vencimentos.

"A maior parte dos emissores deve continuar a confiar em fontes externas de financiamento em 2014 e depois", previu a agência.

Empresas do setor como JBS, Marfrig e Minerva fizeram emissões ou recompra de títulos de dívida, beneficiados por uma boa demanda.

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