Mercados

Fitch mudará nota dos EUA se teto da dívida não subir

O default que a agência deseja classificar é caracterizado pelo não pagamento da dívida

Embora esse movimento deva ser revertido rapidamente, é bastante improvável depois de tal default que o rating dos EUA volte para AAA (Mark Wilson/Getty images)

Embora esse movimento deva ser revertido rapidamente, é bastante improvável depois de tal default que o rating dos EUA volte para AAA (Mark Wilson/Getty images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2011 às 09h50.

Cingapura - A agência Fitch informou hoje que colocará os ratings (classificações de risco de crédito) dos Estados Unidos em "default restritivo" se o país não conseguir aumentar o teto de sua dívida pública e, como resultado, não cumprir um pagamento de cupom (juro nominal) em 15 de agosto. O default é caracterizado pelo não pagamento da dívida.

Em discurso em Cingapura, Andrew Colquhoun, diretor da Fitch para ratings soberanos da Ásia e do Pacífico, afirmou acreditar que é bastante possível que o teto da dívida dos EUA seja elevado a tempo e que o país evite um não pagamento da dívida. No entanto, "se chegarmos a 2 de agosto sem um aumento no limite de endividamento, a Fitch vai atribuir observação com implicações negativas para o rating soberano dos EUA", disse Colquhoun.

"Em 15 de agosto, os EUA enfrentarão US$ 25 bilhões em pagamentos de cupons sobre US$ 4 trilhões em dívida soberana. Se (...) o teto da dívida não tiver sido elevado e os EUA não forem capazes de cumprir esse pagamento, então os ratings do país serão colocados em default restritivo", afirmou. Embora esse movimento deva ser revertido rapidamente, "é bastante improvável depois de tal default que o rating dos EUA volte para AAA", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingDívidas de paísesEmpresasEstados Unidos (EUA)FitchMercado financeiroPaíses ricosRating

Mais de Mercados

Nordstrom deixa a Bolsa e dona da Liverpool passa a ser acionista em acordo de US$ 6,25 bi

Orizon cria JV com maior produtora de biometano da América Latina no Rio

Apple se aproxima de marca histórica de US$ 4 trilhões em valor de mercado

Onde investir em 2025: Wall Street aponta os 4 setores mais lucrativos