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Fim dos estímulos do Fed pode afetar bolsas em NY

s vendas no varejo divulgadas nesta segunda-feira, 13, vieram melhores do que o previsto

Bolsa de Nova York: às 10h15 (pelo horário de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,10%, o Nasdaq recuava 0,09% e o S&P 500 tinha baixa de 0,19%. (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 10h56.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar a semana em queda, sinalizam os índices futuros. As vendas no varejo divulgadas nesta segunda-feira, 13, vieram melhores do que o previsto, mas uma reportagem do The Wall Street Journal informando que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos país) mapeou uma estratégia para desacelerar seu programa de estímulos na economia reduz o apetite ao risco dos investidores.

Às 10h15 (pelo horário de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,10%, o Nasdaq recuava 0,09% e o S&P 500 tinha baixa de 0,19%.

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Os números do comércio de abril eram os mais aguardados do dia. As vendas no varejo cresceram 0,1% ante março. A expectativa era de queda de 0,4%, de acordo com consenso feito pela Dow Jones.

Com a divulgação de números melhores que o esperado, o ritmo de queda dos índices futuros se reduziu, mas ainda pesa a repercussão da reportagem sobre a estratégia do Fed de reduzir o ritmo de compra de ativos.

Mesmo com a surpresa do número de abril, o economista-chefe do RBC Capital Markets, Tom Porcelli, projeta vendas fracas no varejo em todo o segundo trimestre. O principal motivo é a queda nos salários revelada nos últimos dados do relatório de emprego do Departamento de Trabalho.

Em abril, houve recuo de 0,2% nos ganhos agregados dos trabalhadores, que deve ter consequência direta nos níveis de consumo, destaca o economista em um e-mail a clientes nesta segunda-feira.


Para o segundo trimestre, o RBC projeta crescimento de 1% no consumo, do qual as vendas no varejo fazem parte. O número é bem menor que os 3% do primeiro trimestre.

Com as bolsas em níveis históricos de alta, a semana começa em Wall Street com economistas de bancos e corretoras e a imprensa especializada questionando se as ações ainda têm fôlego para subir mais e em que medida os eventos dos próximos dias podem contribuir para esse movimento.

Em reportagem de capa, o jornal financeiro Barron's diz que as bolsas têm fôlego para subir mais e cita cálculos do professor de finanças da Wharton School, Jeremy Siegel, que vê possibilidade de o Dow Jones bater em 17 mil pontos até o final do ano, levando em consideração os múltiplos das empresas.

Esta semana, entre os eventos de destaque estão as vendas do varejo, anunciadas nesta segunda-feira, 13, e a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de abril, que sai na quinta-feira.

A inflação é um importante balizador para as decisões do Fed. Nos próximos dias, e principalmente na quinta, vários dirigentes do Fed fazem apresentações e podem dar mais indícios da estratégia de saída do programa de estímulos, que vem injetando US$ 85 bilhões ao mês na economia.


A reportagem do The Wall Street Journal diz que o Fed pretende reduzir gradualmente o ritmo de compras. Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o comunicado frisou que o Fed tem a flexibilidade de aumentar ou diminuir o ritmo de compras. A ata do encontro será divulgada no próximo dia 22.

No mundo corporativo, a russa Gazprom, maior empresa de gás do mundo, começa nesta segunda-feira uma rodada de apresentações e conversas fechadas com analistas e investidores.

Os bancos de investimento destacam em relatórios a clientes que eventuais projeções sobre preços e produção de gás no mundo pode mexer com ações das companhias de energia em Wall Street. Além disso, a russa é uma tradicional emissora no mercado internacional de bônus e uma nova emissão não pode ser descartada.

Entre as ações do setor de varejo, alguns papéis de redes como Macy's, Target e Walmart ainda não tinham negócios no pré-mercado nesta manhã. Já a ação da Gap recuava 0,22% e o papel da Amazon operava próximo a estabilidade.

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