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Fabricante de jeans Levi's quer levantar US$ 587 mi em IPO

A empresa venderia 36,7 milhões de ações, com preço de US$ 14 a US$ 16 cada

Levi's: companhia pretende abrir o capital na Bolsa de Nova York (Martina Albertazzi/Bloomberg/Bloomberg)

Levi's: companhia pretende abrir o capital na Bolsa de Nova York (Martina Albertazzi/Bloomberg/Bloomberg)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 11 de março de 2019 às 15h18.

Última atualização em 11 de março de 2019 às 15h18.

(Bloomberg) -- Um passinho para trás, calças de ioga: o plano de IPO da Levi Strauss & Co. mostra que os jeans estão de volta. A emblemática fabricante de jeans Levi Strauss, que patenteou a primeira calça jeans em 1873, apresentou nesta segunda-feira um plano para realização de uma oferta pública inicial para levantar até US$ 587,2 milhões. A empresa venderia 36,7 milhões de ações, com preço de US$ 14 a US$ 16 cada, segundo um documento regulatório apresentado.

O jeans tem brigado com as leggings e com o segmento “athleisure”, mistura de “atlético” e “lazer” em inglês, por participação no mercado de roupas casuais. A disputa tem sido difícil e as importações de calças de malha elástica ultrapassaram as de jeans pela primeira vez em 2017. Mas o produto, antes sempre presente nos guarda-roupas americanos, ensaiou recentemente o começo de uma recuperação: a categoria jeans cresceu 2,2 por cento nos EUA em 2018, para US$ 16,7 bilhões, após quatro anos consecutivos de declínios, segundo dados da Euromonitor.

A empresa demorou a incorporar o conforto das roupas de ioga em seus estilos, adicionando flexibilidade, mas esses esforços acabaram compensando, especialmente no ramo de roupas femininas, que cresceu dois dígitos em oito trimestres seguidos e atualmente representa quase um terço do total de vendas. A receita global subiu 14 por cento no ano fiscal 2018 em relação ao ano anterior.

A maioria das ações será vendida pelos atuais acionistas e a Levi Strauss espera obter cerca de US$ 106,6 milhões no ponto médio da faixa para uso próprio. A empresa pretende destinar os recursos para fins corporativos gerais, mas parte do montante pode ser usada para aquisições ou investimentos estratégicos, informou a empresa no documento.

Os detalhes:

* Os detentores atuais planejam oferecer 27,2 milhões de ações, pelas quais a empresa não receberá nada.

* A empresa está vendendo cerca de 9,5 milhões de ações.

* A companhia pretende abrir o capital na Bolsa de Nova York sob o código LEVI.

* A empresa, controlada pela família Haas, que a fundou, apresentou o plano do IPO em fevereiro. A empresa estaria avaliada em US$ 5 bilhões, segundo a CNBC, o que garante à família um patrimônio líquido combinado de pelo menos US$ 2,5 bilhões.

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