Mercados

Europa reage a dados de emprego dos EUA com alta

Pela manhã, o Departamento de Trabalho norte-americano anunciou que os EUA criaram 175 mil vagas em maio, acima das 169 mil previstas


	Bolsa de Milão: em Milão, o FTSE Mib subiu 1%, para 16.691,06 pontos.
 (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

Bolsa de Milão: em Milão, o FTSE Mib subiu 1%, para 16.691,06 pontos. (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 15h09.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam em alta significativa nesta sexta-feira, 7, se recuperando da queda de quinta-feira, 6, quando quase todas encerraram os negócios nas mínimas do dia, reagindo aos números do relatório de emprego dos Estados Unidos, que foram positivos, mas não o suficiente para que o Federal Reserve interrompa sua política de estímulos. O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou o pregão com ganho de 1,27%, aos 295,40 pontos.

Pela manhã, o Departamento de Trabalho norte-americano anunciou que os EUA criaram 175 mil vagas em maio, acima das 169 mil previstas por economistas consultados pela Dow Jones. Por outro lado, o resultado acumulado de geração de empregos para os meses de abril e março foi revisado para baixo em 12 mil vagas. Além disso, a taxa de desemprego do país subiu para 7,6% em maio, de 7,5% no mês anterior.

O lado desfavorável do relatório alimentou esperanças de que o Fed, o banco central norte-americano, manterá as bilionárias compras de bônus que têm ajudado na recuperação dos EUA e sustentado os mercados financeiros. Outro dado favorável veio da Alemanha, cuja produção industrial subiu 1,8% em abril ante março, ante previsão de estabilidade dos analistas.

Já o Bundesbank, o BC alemão, reduziu nesta sexta-feira, 7, suas previsões de crescimento da Alemanha para este ano e o próximo, o que manteve os mercados europeus de renda variável pressionados nas primeiras horas de negócios. As projeções de alta do Bundesbank para o Produto Interno Bruto (PIB) do país foram reduzidas de 0,4% para 0,3% este ano e de 1,9% para 1,5% em 2014.

Em Londres, o índice FTSE 100 avançou 1,2%, fechando o dia a 6.411,99 pontos, com auxílio do BT Group (+3,7%), que teve sua recomendação elevada, e a Severn Trent (+2,5%), que recebeu uma oferta de compra mais atraente do consórcio Borealis Infrastructure.


O índice CAC-40, que reúne as ações mais negociadas em Paris, teve alta de 1,53%, para 3.872,59 pontos. O setor financeiro se destacou no mercado francês, com avanços da AXA (4,2%), Crédit Agricole (2,9%), Société Generale (1,8%) e BNP Paribas (+1,7%).

Em Milão, o FTSE Mib subiu 1%, para 16.691,06 pontos, também com impulso de bancos, como o Intesa Sanpaolo (+3%) e Mediolanum (4,4%), e da Fiat (3,1%). Na Bolsa de Madri, o ganho do IBEX-35 foi de 0,61%, para 8.266,60 pontos, com destaque para a Iberdrola, que subiu 1,2%.

No mercado alemão, o índice DAX apresentou o melhor desempenho do dia, com alta de 1,92%, para 8.254,68 pontos. Também em Frankfurt, as ações financeiras avançaram forte: Munich Re saltou 4%, e Allianz e Deutsche Bank ganharam 3,3% e 3,8%, respectivamente. Em Lisboa, o índice PSI 20 garantiu alta de 0,98%, para 5.850,07 pontos, após o Parlamento de Portugal aprovar um plano orçamentário revisado para 2013, que o governo espera ser suficiente para o país cumprir as metas estabelecidas pelo programa de resgate de 78 bilhões de euros (US$ 103 bilhões).

Na semana, no entanto, as perdas foram generalizadas na Europa. O Stoxx 600 acumulou baixa de 1,82% ante a última sexta-feira. Entre as bolsas, os recuos foram de 2,6% em Londres, 1,92% em Paris, 1,13% em Frankfurt, 0,65% em Madri, 3,37% em Milão e 1,50% em Lisboa.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresFTSEMercado financeiro

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa fecha perto da estabilidade após corte de gastos e apagão global

Mais na Exame