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Euro recua com dados da zona do euro e dos EUA

O euro caiu para US$ 1,2941, o menor nível desde dezembro de 2011, após o Tesouro da Itália vender em leilão 6,993 bilhões de euros em bônus para 2015, 2017, 2018 e 2028


	Às 11h (pelo horário de Brasília), o euro era negociado em US$ 1,2939, de US$ 1,3034 na terça-feira (12)
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Às 11h (pelo horário de Brasília), o euro era negociado em US$ 1,2939, de US$ 1,3034 na terça-feira (12) (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2013 às 11h52.

Londres - O euro atingiu mínimas ante o dólar nesta quarta-feira, após um leilão de bônus soberanos atrair uma demanda menor que a esperada e as vendas no varejo dos EUA subirem acima das expectativas em fevereiro. A moeda também foi pressionada pela queda da produção industrial da zona do euro.

O euro caiu para US$ 1,2941, o menor nível desde dezembro de 2011, após o Tesouro da Itália vender em leilão 6,993 bilhões de euros (US$ 9,11 bilhões) em bônus para 2015, 2017, 2018 e 2028, um pouco menos do que o máximo planejado de 7,25 bilhões de euros, segundo o banco central do país.

O custo dos dois papéis mais curtos subiu em relação à oferta anterior, mas o do bônus para 2018 caiu. O papel para 2028 é de uma nova série. Segundo analistas, a incerteza política no país e o recente rebaixamento do rating soberano afastou os investidores.

"A demanda mais fraca no leilão italiano empurrou o euro para baixo", disse Steven Saywell, diretor de estratégia de câmbio global do BNP Paribas em Londres.

Dados da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, mostram que a produção industrial do bloco caiu 0,4% em janeiro ante o mês anterior, revertendo parte do aumento de 0,9% verificado em dezembro. Na comparação anual, a produção recuou 1,3%. Os números sugerem que a desaceleração econômica na região, que já dura 15 meses, continuará.

Em contraste, um relatório sobre as vendas no varejo nos Estados Unidos indicou uma alta de 1,1% em fevereiro ante janeiro, para o valor sazonalmente ajustado de US$ 421,40 bilhões, segundo informou hoje o Departamento do Comércio.

O resultado veio bem acima da previsão de economistas consultados pela Dow Jones, que esperavam alta de 0,6%. O ganho do mês passado foi o quarto consecutivo e o maior desde setembro. Na comparação anual, as vendas subiram 4,6% em fevereiro.


Um comunicado separado apontou que os estoques das empresas cresceram 1,0% em janeiro, ante previsão de alta de 0,5%.

O dólar também subiu ante o iene, ajudado pela alta das vendas no varejo, se recuperando após cair a 95,50 ienes no início da sessão europeia e estender o recuo da máxima em três anos e meio registrada antes de uma votação parlamentar no fim desse semana para confirmar o novo presidente e os vice-presidentes do Banco do Japão (BoJ).

Três partidos de oposição do Japão jogaram seu peso na indicação de Kikuo Iwata para vice-presidente do BoJ, garantindo praticamente que o crítico ferrenho das atuais políticas do banco central será confirmado para o cargo.

A libra se recuperou levemente ante o dólar e atingiu uma máxima de US$ 1,4981, após perder mais de 8% até agora no ano devido a expectativas de mais relaxamento monetário no Reino Unido, à medida que a economia do país parece estar se dirigindo para uma nova recessão.

O euro perdeu força ante o florim húngaro, depois de atingir o nível mais alto desde janeiro de 2012 em meio aos contínuos temores de que a nomeação de Gyorgy Matolcsy para a presidência do Banco Central da Hungria será um desafio para a meta de inflação e a estabilidade da moeda local.

O rand, da África do Sul, manteve sua trajetória de queda ante o dólar, atingindo um mínima desde abril de 2009.

Às 11h (pelo horário de Brasília), o euro era negociado em US$ 1,2939, de US$ 1,3034 na terça-feira (12). O dólar estava em 96,15 ienes, de 96,08 ienes na terça-feira. O euro operava em 124,34 ienes, de 125,20 ienes, na terça-feira (12).

A libra estava em US$ 1,4917, de US$ 1,4903, na terça-feira (12). As informações são da Dow Jones.

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