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Euro avança com expectativa por estímulos do BCE

Alguns analistas preveem que, diante do cenário econômico atual, tanto o Fed quanto o BCE poderão agir para sustentar a recuperação global

No fim da tarde em Nova York, o euro subia para US$ 1,3167, ante US$ 1,3099 no fim da tarde de ontem, e avançava para 128,32 ienes, de 128,05 ienes (Marcos Santos/USP Imagens)

No fim da tarde em Nova York, o euro subia para US$ 1,3167, ante US$ 1,3099 no fim da tarde de ontem, e avançava para 128,32 ienes, de 128,05 ienes (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 19h14.

Nova York - O dólar recuou nesta terça-feira, 30, para o menor nível desde 16 de abril ante o iene após dados que mostraram piora na economia dos EUA, enquanto o euro subiu com a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie na quinta-feira, 2, após sua reunião de política monetária, novos estímulos para a região.

O principal dado negativo de hoje foi o índice ISM de atividade do setor industrial de Chicago, que recuou para 49,0 em abril, de 52,4 em março, contrariando a previsão dos economistas de avanço para 52,8. "O mercado está vendo dados mais fracos e repensando o crescimento e as expectativas de compras de ativos pelo Federal Reserve", disse Aroop Chatterjee, estrategista do Barclays.

Já o euro avançou pelo segundo dia consecutivo antes da reunião do BCE esta semana. Alguns analistas preveem que, diante do cenário econômico atual, tanto o Fed quanto o BCE poderão agir para sustentar a recuperação global. Desde a semana passada, crescem as expectativas de um corte de juros pelo BCE em face dos últimos dados de atividade vistos na zona do euro. A expectativa por um corte de juros normalmente provocaria uma queda do euro, mas a moeda comum europeia subiu hoje, pois analistas entendem que esse corte nos juros significaria o apoio do BCE a novas medidas para estimular o crescimento do bloco.

Pela manhã, saíram mais indícios que reforçam a possibilidade de uma redução na taxa básica do BCE. A taxa de desemprego na zona do euro subiu de 12% em fevereiro para 12,1% em março, o maior nível desde 1995, e a taxa de inflação anual da região caiu em abril para seu menor nível desde fevereiro de 2010, num sinal de que os preços estão sob controle. Além disso, as vendas no varejo da Alemanha, a maior economia do bloco, tiveram queda pelo segundo mês consecutivo em março, e o Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha amargou contração de 2% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2012 e queda de 0,5% em relação aos últimos três meses do ano passado.

No fim da tarde em Nova York, o euro subia para US$ 1,3167, ante US$ 1,3099 no fim da tarde de ontem, e avançava para 128,32 ienes, de 128,05 ienes. Já o dólar se enfraquecia frente à moeda japonesa, para 97,44 ienes, de 97,77 ienes ontem. A libra estava cotada a US$ 1,5532, ante US$ 1,5501 ontem. O índice Wall Street Journal do dólar, que acompanha seu desempenho ante uma cesta de moedas, estava em 73,016, ante 73,616. As informações são da Dow Jones.

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