Euro: moeda cai frente ao dólar e vai à mínima em duas décadas (Marcos Santos/USP Imagens/USP Imagens)
Guilherme Guilherme
Publicado em 23 de agosto de 2022 às 07h25.
Última atualização em 23 de agosto de 2022 às 09h00.
O mercado internacional iniciou esta terça-feira, 23, sem uma direção definida, após um início de semana marcado pela maior aversão ao risco. Risco de aperto monetário mais intenso do que o esperado por parte do Federal Reserve (Fed) segue como principal ponto de preocupação, dias antes do discurso de Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole. A tradicional participação do presidente do Fed no evento está marcada para sexta-feira, 26, e é bastante aguardada por investidores, que esperam por novas sinalizações sobre a condução do controle da inflação nos Estados Unidos.
Expectativas de que Powell adote um tom mais contracionista diante de dados fortes da economia americana ganham força, servindo de impulso para as apostas de alta do dólar. Nesta manhã, o euro voltou a registrar nova mínima frente ao dólar em duas décadas, sendo negociado abaixo de US$ 1. Diferencial de juros entre o Fed e o Banco Central Europeu, que adota ritmo mais moderado em seu aperto monetário, e maior fraqueza da economia europeia jogam contra a moeda o Velho Continente.
Índices de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta madrugada indicaram contração de alguns segmentos da Zona do Euro como o industrial e de serviços da Alemanha, que ficaram abaixo de 50 pontos -- região que divide a queda da expansão da atividade. Na agenda econômica desta terça ainda estão as vendas de casas novas no país e os PMIs dos Estados Unidos.
Apesar da busca por dólar indicar menor apetite ao risco, bolsas de valores operam entra altas e baixas na Europa, enquanto índices futuros de Nova York apresentam leve alta nesta manhã, após terem caído mais de 2% na véspera.
Desempenho dos indicadores às 7h40 (de Brasília):
No Brasil, onde o Ibovespa vem de pouco menos de 1% de queda, o clima de eleições começa a se formar, com as primeiras entrevistas de presidenciáveis ao telejornal de maior audiência do país, o Jornal Nacional. O programa teve a participação do atual presidente Jair Bolsonaro na véspera. A entrevista de seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está prevista para quinta-feira, 23.
A distância entre os dois candidatos, segundo pesquisas recentes, tem diminuído, mas com o petista ainda mantendo a vantagem. A entrevista de Ciro Gomes, apontado como a terceira força por pesquisas eleitorais, está marcada para esta noite.
A corrida eleitoral, até agora, têm provocado pouco efeito sobre o mercado financeiro. Mas parte dos investidores, como o consagrado fundo Verde, espera maior volatilidade com o acirramento da disputa até o dia da votação.
A Oi informou que a Highline, por meio da NK 108, venceu o processo competitivo pela SPE Torres 2 com a proposta de até R$ 1,697 bilhão, sendo até R$ 1,088 bilhão pago na data do fechamento da operação e até R$ 609 milhões até 2026 "a depender da quantidade futura de Itens de Infraestrutura a serem utilizados. Não houve outra proposta pelos ativos.
A Camil (CAML3) anunciou a aquisição junto à Pepsico Brasil da Cipa, empresa que detém a marca de biscoitos Mabel, além das marcas Mirabel, Doce Vida, Elbi's e Pavesino. Além da aquisição, a a transação também garante o licenciamento da Pepsico para a Camil da marca Toddy para cookies pelo prazo de 10 anos.
"A aquisição reforça a estratégia de expansão geográfica para crescimento da Camil em regiões complementares às operações atuais, bem como inclui no portfólio produtos de alto valor agregado, com sinergias atreladas ao modelo de negócios de cross-selling e ganhos de escala da Camil", afirmou a empresa.