EUA e Cuba têm segunda rodada de conversas sobre relações
Autoridades dos dois países mantiveram uma segunda rodada de conversas para restauras as relações diplomáticas, com pressões de ambos os lados
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 16h44.
Washington - Autoridades de Cuba e dos Estados Unidos mantiveram nesta sexta-feira uma segunda rodada de conversas para restaurar as relações diplomáticas.
Os cubanos pressionaram para serem retirados de uma lista dos EUA de países patrocinadores do terrorismo, enquanto os norte-americanos dizem que a designação não deve ser ligada às negociações sobre a abertura de embaixadas.
As reuniões de um dia derivam da decisão, anunciada em dezembro, de normalizar as relações entre os dois ex-inimigos dos tempos da Guerra fria, o que inclui a abertura de representações diplomáticas nas duas nações e a troca de prisioneiros. Os EUA cortaram os laços diplomáticos com Cuba 54 anos atrás.
As delegações presentes às conversas desta sexta-feira, que deram sequência a uma primeira rodada de negociações em Havana no mês passado, foram lideradas pela secretária-assistente de Estado norte-americana para a América Latina, Roberta Jacobson, e a chefe da divisão norte-americana do Ministério das Relações Exteriores cubano, Josefina Vidal.
Os EUA disseram que as tratativas deveriam se concentrar em temas a respeito da atuação dos diplomatas nas futuras embaixadas, mas Cuba pressiona Washington a retirá-la de sua lista de apoiadores do terrorismo antes do restabelecimento oficial dos laços diplomáticos.
Havana afirma que as sanções dos EUA a bancos que fazem negócios com países da lista a impedem de conduzir questões diplomáticas em território norte-americano.
Mas restabelecer as relações diplomáticas não deve estar atrelado à lista, afirmou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, acrescentando que se trata de um processo técnico que envolve um conjunto de negociações “bastante normal”.
A designação de patrocínio ao terrorismo é um processo separado, e “não uma negociação”, disse Kerry quando indagado sobre as conversas com Cuba durante uma entrevista coletiva conjunta com a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf.
“É uma avaliação feita de acordo com um conjunto muito rígido de exigências, a mando do Congresso, que tem que ser abordada separadamente e está sendo abordada separadamente”, afirmou Kerry. Ele acrescentou que “nada será feito a respeito da lista até a avaliação estar concluída”.
O governo do presidente norte-americano, Barack Obama, está perto de completar sua análise sobre o lugar de Cuba na lista, que deve ser submetida ao Congresso antes de o nome de Cuba poder ser removido, declarou uma autoridade de alto escalão do Departamento de Estado a repórteres na quarta-feira.
Os EUA esperam chegar a um acordo sobre a reabertura das embaixadas a tempo da Cúpula das Américas, entre 10 e 11 de abril, no Panamá, onde Obama e seu homólogo cubano, Raúl Castro, podem ser encontrar pela primeira vez desde seu anúncio conjunto de 17 de dezembro.
Washington - Autoridades de Cuba e dos Estados Unidos mantiveram nesta sexta-feira uma segunda rodada de conversas para restaurar as relações diplomáticas.
Os cubanos pressionaram para serem retirados de uma lista dos EUA de países patrocinadores do terrorismo, enquanto os norte-americanos dizem que a designação não deve ser ligada às negociações sobre a abertura de embaixadas.
As reuniões de um dia derivam da decisão, anunciada em dezembro, de normalizar as relações entre os dois ex-inimigos dos tempos da Guerra fria, o que inclui a abertura de representações diplomáticas nas duas nações e a troca de prisioneiros. Os EUA cortaram os laços diplomáticos com Cuba 54 anos atrás.
As delegações presentes às conversas desta sexta-feira, que deram sequência a uma primeira rodada de negociações em Havana no mês passado, foram lideradas pela secretária-assistente de Estado norte-americana para a América Latina, Roberta Jacobson, e a chefe da divisão norte-americana do Ministério das Relações Exteriores cubano, Josefina Vidal.
Os EUA disseram que as tratativas deveriam se concentrar em temas a respeito da atuação dos diplomatas nas futuras embaixadas, mas Cuba pressiona Washington a retirá-la de sua lista de apoiadores do terrorismo antes do restabelecimento oficial dos laços diplomáticos.
Havana afirma que as sanções dos EUA a bancos que fazem negócios com países da lista a impedem de conduzir questões diplomáticas em território norte-americano.
Mas restabelecer as relações diplomáticas não deve estar atrelado à lista, afirmou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, acrescentando que se trata de um processo técnico que envolve um conjunto de negociações “bastante normal”.
A designação de patrocínio ao terrorismo é um processo separado, e “não uma negociação”, disse Kerry quando indagado sobre as conversas com Cuba durante uma entrevista coletiva conjunta com a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf.
“É uma avaliação feita de acordo com um conjunto muito rígido de exigências, a mando do Congresso, que tem que ser abordada separadamente e está sendo abordada separadamente”, afirmou Kerry. Ele acrescentou que “nada será feito a respeito da lista até a avaliação estar concluída”.
O governo do presidente norte-americano, Barack Obama, está perto de completar sua análise sobre o lugar de Cuba na lista, que deve ser submetida ao Congresso antes de o nome de Cuba poder ser removido, declarou uma autoridade de alto escalão do Departamento de Estado a repórteres na quarta-feira.
Os EUA esperam chegar a um acordo sobre a reabertura das embaixadas a tempo da Cúpula das Américas, entre 10 e 11 de abril, no Panamá, onde Obama e seu homólogo cubano, Raúl Castro, podem ser encontrar pela primeira vez desde seu anúncio conjunto de 17 de dezembro.