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Estrategistas do BofA veem queda de 10% do S&P 500 antes de rali

Investidores estão posicionados à espera de uma queda de quase 10% do S&P 500

S&P: fundos de ações globais tiveram entradas de US$ 7,2 bilhões na semana até 11 de janeiro (Jackyenjoyphotography/Getty Images)

S&P: fundos de ações globais tiveram entradas de US$ 7,2 bilhões na semana até 11 de janeiro (Jackyenjoyphotography/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 13 de janeiro de 2023 às 11h20.

O mercado acionário dos EUA deve dar um novo mergulho antes de finalmente entrar em um rali no segundo semestre do ano, quando as condições econômicas se estabilizarem, de acordo com estrategistas do Bank of America.

Investidores estão posicionados à espera de uma queda de quase 10% do S&P 500, para 3.600 pontos, antes de o índice subir 17% até o nível de 4.200, escreveram estrategistas liderados por Michael Hartnett em nota.

Negociar durante uma recessão econômica e de lucros “exige paciência”, disseram. Essa estratégia de investimento desafiadora deve durar até que um piso nas previsões do Fed para a taxa de juros, rendimentos e spreads de crédito sinalize uma economia estável — que não está muito aquecida nem muito fria.

Os mercados acionários globais avançaram no início do ano em meio ao otimismo alimentado pela reabertura da China, desaceleração da inflação e pelas expectativas de que os bancos centrais vão adotar uma abordagem menos agressiva de aperto monetário. Ainda assim, estrategistas preferem cada vez mais ações de empresas europeias e asiáticas em detrimento de companhias nos EUA em um cenário de juros mais altos. Hartnett disse que o melhor desempenho das ações europeias em relação aos EUA marcou o “início de uma era” na semana passada, enquanto para o Goldman Sachs o rali das bolsas chinesas ainda tem chão.

Fundos de ações globais tiveram entradas de US$ 7,2 bilhões na semana até 11 de janeiro, de acordo com nota do Citigroup, que citou dados da EPFR Global. Fundos americanos e europeus enfrentaram US$ 2,6 bilhões e US$ 500 milhões em resgates, respectivamente.

“Os mercados podem ter boas razões para ver o copo meio cheio sobre a inflação e descartar” a retórica de aperto monetário dos bancos centrais, segundo nota nesta sexta-feira de Emmanuel Cau, estrategista do Barclays. “Mais sinais de moderação nas pressões de preços agora são visíveis nos serviços, não apenas na manufatura, e o mercado de trabalho também mostra algumas rachaduras.”

Os números mais recentes mostraram que a inflação nos EUA continuou a se desacelerar em dezembro, em mais um sinal de que a alta de preços fez pico, o que coloca o Federal Reserve no caminho certo para novamente reduzir o ritmo de aumento dos juros.

Os olhares em breve se voltam para os lucros corporativos: os maiores bancos dos EUA, incluindo o JPMorgan Chase, iniciam a temporada de balanços nesta sexta-feira. Investidores vão analisar como as empresas enfrentaram inúmeros obstáculos, entre eles taxas mais altas, preços elevados e demanda mais fraca.

“As revisões de lucros no S&P 500 apontam para um pouso forçado”, embora o mercado esteja precificando um pouso suave, escreveram estrategistas do Goldman Sachs liderados por David Kostin em nota na quinta-feira. Se não houver recessão, como a equipe espera, o lucro por ação de empresas do S&P 500 ficará estável este ano, disseram.

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