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Estrangeiro volta à bolsa, mas não determina performance

Em 2010, o saldo ficou positivo em 5,958 bilhões de reais, quando o Ibovespa subiu 1 por cento

Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 16h14.

São Paulo - O saldo de investimentos externos na bolsa brasileira acumula um resultado positivo em mais de 2 bilhões de reais nos 11 primeiros pregões de 2012, e a expectativa é de que os recursos externos continuem vindo, mas sem determinar o comportamento da Bovespa. "Em 2011, o saldo ficou um pouco negativo e a bolsa caiu forte.

Em 2010 ele ficou positivo, sendo que a bolsa ficou no zero a zero. Não é o estrangeiro que tem movimentado a bolsa", afirmou o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, atribuindo o comportamento da Bovespa a saída dos investimentos de pessoa física. Em 2010, o saldo ficou positivo em 5,958 bilhões de reais, quando o Ibovespa subiu 1 por cento, mas no ano passado, o resultado foi negativo em 1,352 bilhões de reais, sendo que o índice recuou 18,1 por cento. Neste ano, até o pregão do dia 16, o saldo esta positivo em 2,48 bilhões de reais.

Brugger atribui o resultado desse ano a uma melhora no otimismo dos investidores, que faz com que eles voltem a olhar para os mercados emergentes, como o Brasil. Já Luciana Pazos, chefe de gestão de fortunas da Mirae Securities, considera que os investidores já antecipam as perspectivas positivas para a bolsa brasileira no segundo semestre deste ano. "Há um consenso de que vamos ter muita volatilidade na bolsa no primeiro semestre, mas a partir do segundo haverá um cenário mais claro, e o mercado antecipa muito o que vai acontecer", disse. "Para o fluxo estrangeiro, temos uma visão melhor do que para a bolsa.

Não acreditamos que ela vá ter uma performance boa por causa disso." Luciana atribui a volta dos estrangeiros às cotações baixas dos papéis e ao momento da economia brasileira. "O Brasil está barato e temos condições boas para a economia aqui", afirmou.

Redução IOF - Mas além dos preços das ações e do bom momento da economia, há um outro motivo que contribui para o saldo de investimentos estrangeiros permanecer positivo: o corte feito no Imposto sobre Operações Financeiras em bolsa para zero por cento, anunciada pelo governo no fim de 2011. "Os estrangeiros retomam (os investimentos na Bovespa) pela queda do IOF", afirmou o operador Rodrigo Falcão, da Icap Corretora.

Segundo ele, a expectativa é de que o saldo se mantenha nos níveis atuais, sendo que ações de peso, como Petrobras e Vale, além das siderúrgicas como Gerdau , cujos desempenhos ficaram pressionados em 2011 devido ao cenário externo, são os focos principais desses investidores. (Edição de Fábio Couto)

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São Paulo - O saldo de investimentos externos na bolsa brasileira acumula um resultado positivo em mais de 2 bilhões de reais nos 11 primeiros pregões de 2012, e a expectativa é de que os recursos externos continuem vindo, mas sem determinar o comportamento da Bovespa. "Em 2011, o saldo ficou um pouco negativo e a bolsa caiu forte.

Em 2010 ele ficou positivo, sendo que a bolsa ficou no zero a zero. Não é o estrangeiro que tem movimentado a bolsa", afirmou o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, atribuindo o comportamento da Bovespa a saída dos investimentos de pessoa física. Em 2010, o saldo ficou positivo em 5,958 bilhões de reais, quando o Ibovespa subiu 1 por cento, mas no ano passado, o resultado foi negativo em 1,352 bilhões de reais, sendo que o índice recuou 18,1 por cento. Neste ano, até o pregão do dia 16, o saldo esta positivo em 2,48 bilhões de reais.

Brugger atribui o resultado desse ano a uma melhora no otimismo dos investidores, que faz com que eles voltem a olhar para os mercados emergentes, como o Brasil. Já Luciana Pazos, chefe de gestão de fortunas da Mirae Securities, considera que os investidores já antecipam as perspectivas positivas para a bolsa brasileira no segundo semestre deste ano. "Há um consenso de que vamos ter muita volatilidade na bolsa no primeiro semestre, mas a partir do segundo haverá um cenário mais claro, e o mercado antecipa muito o que vai acontecer", disse. "Para o fluxo estrangeiro, temos uma visão melhor do que para a bolsa.

Não acreditamos que ela vá ter uma performance boa por causa disso." Luciana atribui a volta dos estrangeiros às cotações baixas dos papéis e ao momento da economia brasileira. "O Brasil está barato e temos condições boas para a economia aqui", afirmou.

Redução IOF - Mas além dos preços das ações e do bom momento da economia, há um outro motivo que contribui para o saldo de investimentos estrangeiros permanecer positivo: o corte feito no Imposto sobre Operações Financeiras em bolsa para zero por cento, anunciada pelo governo no fim de 2011. "Os estrangeiros retomam (os investimentos na Bovespa) pela queda do IOF", afirmou o operador Rodrigo Falcão, da Icap Corretora.

Segundo ele, a expectativa é de que o saldo se mantenha nos níveis atuais, sendo que ações de peso, como Petrobras e Vale, além das siderúrgicas como Gerdau , cujos desempenhos ficaram pressionados em 2011 devido ao cenário externo, são os focos principais desses investidores. (Edição de Fábio Couto)

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