Estrangeiros mantêm saída de renda fixa emergente, diz RBS
O banco mostra que US$ 1,1 bilhão foi sacado de fundos de investimento desse segmento na semana encerrada em 11 de setembro
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2013 às 14h06.
Londres - Continua a fuga de estrangeiros das aplicações em renda fixa nos mercados emergentes. Levantamento semanal realizado pelo Royal Bank of Scotland (RBS) com dados da consultoria EPFR mostra que US$ 1,1 bilhão foi sacado de fundos de investimento desse segmento na semana encerrada em 11 de setembro.
Na renda variável, ao contrário, estrangeiros aumentaram a posição em ações emergentes e o setor teve a melhor captação líquida de recursos desde fevereiro.
Segundo o levantamento, estrangeiros continuam se desfazendo de posições no mercado de juros. Nesta semana, a saída da renda fixa correspondeu a 0,47% do total de ativos na renda fixa.
O ritmo é ligeiramente menor do que o observado uma semana antes, quando a fuga dos estrangeiros somou montante equivalente a 0,69% do total de ativos. A saída é vista há quase 20 semanas consecutivas e ocorre diante da perspectiva de início da retirada de estímulos monetários nos Estados Unidos.
"Não importa o resultado da reunião da próxima semana do Federal Reserve (que pode anunciar o início da retirada dos estímulos), estamos nos preparando para um mundo com menor liquidez em que os investidores se tornarão mais seletivos na alocação de recursos", dizem os analistas do RBS responsáveis pela pesquisa Mohammed Kazmi e Abbas Ameli-Renani.
"Recomendamos, portanto, evitar mudanças de direção nas negociações agora", dizem no documento distribuído aos clientes do banco inglês.
Ao contrário da fuga vista na renda fixa, a renda variável teve desempenho positivo nos últimos dias. Na semana até 11 de setembro, o segmento registrou captação líquida positiva de US$ 2,6 bilhões. O valor, considerado "impressionante" pelos analistas do RBS, é o melhor resultado dos fundos de ações desde fevereiro. Kazmi e Ameli-Renani explicam o desempenho pela melhora das perspectivas do crescimento da economia global, inclusive nos países emergentes.
"Se continuar a tendência de melhora dos dados do comércio global, o pior pode ter ficado para trás para as ações dos mercados emergentes em termos de fluxo", dizem os analistas. (Fernando Nakagawa, correspondente - fernando.nakagawa@estadao.com)
Londres - Continua a fuga de estrangeiros das aplicações em renda fixa nos mercados emergentes. Levantamento semanal realizado pelo Royal Bank of Scotland (RBS) com dados da consultoria EPFR mostra que US$ 1,1 bilhão foi sacado de fundos de investimento desse segmento na semana encerrada em 11 de setembro.
Na renda variável, ao contrário, estrangeiros aumentaram a posição em ações emergentes e o setor teve a melhor captação líquida de recursos desde fevereiro.
Segundo o levantamento, estrangeiros continuam se desfazendo de posições no mercado de juros. Nesta semana, a saída da renda fixa correspondeu a 0,47% do total de ativos na renda fixa.
O ritmo é ligeiramente menor do que o observado uma semana antes, quando a fuga dos estrangeiros somou montante equivalente a 0,69% do total de ativos. A saída é vista há quase 20 semanas consecutivas e ocorre diante da perspectiva de início da retirada de estímulos monetários nos Estados Unidos.
"Não importa o resultado da reunião da próxima semana do Federal Reserve (que pode anunciar o início da retirada dos estímulos), estamos nos preparando para um mundo com menor liquidez em que os investidores se tornarão mais seletivos na alocação de recursos", dizem os analistas do RBS responsáveis pela pesquisa Mohammed Kazmi e Abbas Ameli-Renani.
"Recomendamos, portanto, evitar mudanças de direção nas negociações agora", dizem no documento distribuído aos clientes do banco inglês.
Ao contrário da fuga vista na renda fixa, a renda variável teve desempenho positivo nos últimos dias. Na semana até 11 de setembro, o segmento registrou captação líquida positiva de US$ 2,6 bilhões. O valor, considerado "impressionante" pelos analistas do RBS, é o melhor resultado dos fundos de ações desde fevereiro. Kazmi e Ameli-Renani explicam o desempenho pela melhora das perspectivas do crescimento da economia global, inclusive nos países emergentes.
"Se continuar a tendência de melhora dos dados do comércio global, o pior pode ter ficado para trás para as ações dos mercados emergentes em termos de fluxo", dizem os analistas. (Fernando Nakagawa, correspondente - fernando.nakagawa@estadao.com)