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Em crise, GM engata marcha à ré na bolsa

Nas últimas quatro semanas, a montadora perdeu 3 bilhões de dólares em valor de mercado


	GM teve recentemente sua imagem arranhada pela decisão de ignorar um defeito que pode ter causado centenas de vítimas apenas nos EUA
 (Susan McSpadden/Getty Images)

GM teve recentemente sua imagem arranhada pela decisão de ignorar um defeito que pode ter causado centenas de vítimas apenas nos EUA (Susan McSpadden/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 11h44.

São Paulo - A crise de confiança pela qual a General Motors (GM) passa atualmente já mostra seus reflexos no mercado financeiro.

Desde fevereiro, quando a empresa começou a anunciar recalls atrasados em mais de 10 anos, as ações da companhia recuaram em aproximadamente 10%.

Nas últimas quatro semanas, a montadora perdeu 3 bilhões de dólares em valor de mercado.

Além disso, no acumulado de 2014, os papéis da GM mostram um desempenho bem abaixo da média do mercado, com uma queda de 17%. No mesmo período, o índice Dow Jones recua apenas 1%.

Entenda o caso

A GM teve recentemente sua imagem arranhada pela decisão de ignorar um defeito que pode ter causado centenas de vítimas apenas nos Estados Unidos.

O problema começou em 2001, quando a GM detectou problemas em uma mola dentro do tambor do sistema de ignição em alguns de seus modelos. O problema pode provocar o apagamento inesperado do veículo em pleno funcionamento, desligando o sistema elétrico e cancelando o funcionamento do sistema de airbag.

De acordo com a GM, o defeito teria provocado dezenas de acidentes e pelo menos 13 mortos.

Embora a GM tenha conhecimento do problema há mais de uma década, só começou a chamar os veículos para o recall em fevereiro deste ano.

O problema mais grave envolve os airbags dos modelos Cobalt, Pontiac 5, Saturn Ion, Sky e Solstice produzidos entre 2003 e 2011, totalizando 2,6 milhões de veículos e associado a diversas mortes.

Tribunal

Na última quarta-feira a GM foi acusada de conduta "criminosa" por vários senadores dos Estados Unidos por sua omissão.

"Isto é um caso criminal", disse a senadora republicana por New Hampshire, Kelly Ayotte, durante audiência de executivos da empresa no Subcomitê do Senado para a Defesa do Consumidor.

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