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Eleitores dos EUA podem aumentar pressão sobre moedas emergentes
Disputa comercial entre Estados Unidos e China pode ter sérios impactos no mercado de câmbio
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Moedas: desvalorização do yuan poderia desencadear nova onda de volatilidade (FJZEA/Getty Images)
Publicado em 12 de maio de 2020 às, 12h32.
Para obter pistas sobre possíveis oscilações de moedas de mercados emergentes, vale a pena prestar atenção à atitude do governo dos Estados Unidos em relação à China.
Esta é a lógica: quanto maior for o interesse de eleitores dos EUA na disputa com a China, maior a probabilidade de o presidente Donald Trump impor novas tarifas sobre produtos chineses. Isso, por sua vez, pode levar o Banco Popular da China a enfraquecer o yuan em suas fixações diárias, desencadeando outra onda de volatilidade da moeda.
O aumento da turbulência no câmbio é a última coisa que mercados em desenvolvimento precisam no momento, uma vez que referências como a lira turca e o real são negociados em mínimas históricas ou perto disso. As oscilações cambiais não diminuíram em mercados emergentes na mesma proporção vista nas maiores economias desde março, quando atingiram o nível mais alto desde 2011. E, para David Dollar, integrante sênior do Brookings Institution, a perspectiva de outro aumento da volatilidade é muito real.
“Há mais de 50% de chance de vermos mais tarifas contra a China antes das eleições presidenciais”, disse Dollar, especialista em relações econômicas EUA-China, em entrevista em Washington.
Até agora, autoridades chinesas não foram provocadas por Trump. Um sinal importante para a moeda veio com a fixação diária do banco central em 6 de maio, um pouco mais forte do que o esperado, sugerindo a disposição da China de limitar a volatilidade. O yuan offshore atingiu o pico de 7,1561 em 4 de maio durante o feriado deste mês, enquanto a taxa de fixação onshore subiu para a máxima de 7,0931 em 7 de maio.
Se Dollar estiver certo, haverá venda significativa do yuan para compensar o custo das tarifas. E existem motivos reais de preocupação. Pesquisa recente do Pew Research Center constatou que 66% dos americanos têm visões desfavoráveis sobre a China e, com a economia dos EUA em crise devido à pandemia, o presidente Trump pode tentar explorar isso para obter votos. O governo de Washington poderia apontar o fracasso da China em concretizar as compras solicitadas sob o acordo comercial, por mais irracional que possa parecer nas circunstâncias do Covid-19.
A esse respeito, a China pode argumentar que permitir que o yuan se deprecie provocaria tensões com os EUA, especialmente antes de sua mais importante reunião política prevista para 22 de maio. Também poderia criar risco doméstico de saída de capital.
Do lado dos EUA, também há risco de causar mais um choque na economia. Trump mostrou anteriormente que uma reação muito negativa do mercado acionário dos EUA pode levá-lo a mudar de caminho. Além disso, assuntos externos e de comércio raramente são questões eleitorais de peso. A economia, assistência médica e imigração tendem a ganhar mais destaque.
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