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Dow Jones e S&P se recuperam com ações de consumo

Nova York - Depois de passarem a maior parte do pregão em baixa, os índices de ações Dow Jones e S&P-500 se recuperaram e fecharam em leve alta, enquanto o Nasdaq ficou perto da estabilidade. A sessão foi marcada pela cautela dos investidores diante do alerta da agência de classificação de risco Moody's sobre o […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Nova York - Depois de passarem a maior parte do pregão em baixa, os índices de ações Dow Jones e S&P-500 se recuperaram e fecharam em leve alta, enquanto o Nasdaq ficou perto da estabilidade. A sessão foi marcada pela cautela dos investidores diante do alerta da agência de classificação de risco Moody's sobre o rating AAA dos EUA, uma proposta de reforma da legislação financeira americana e expectativas com relação ao encontro de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano) amanhã.

O índice Dow Jones subiu 17,46 pontos (0,16%) e fechou com 10.642,15 pontos, marcando a quinta sessão seguida de alta. A rede de varejo Walmart liderou os ganhos entre as componentes do Dow Jones, com uma alta de 2,82%. O Citigroup elevou seu rating de investimento para o Walmart de "manter" para "comprar", prevendo uma estratégia de preço mais agressiva para manter os consumidores sensíveis aos preços que conquistou durante a recessão. A notícia deu impulso a outras ações de empresas do setor de bens de consumo: Home Depot subiu 0,74%, Coca-Cola ganhou 0,56% e McDonald's avançou 0,61%.

Por outro lado, as ações da Caterpillar caíram 1,47% e as componentes de energia Chevron e ExxonMobil recuaram 0,20% e 0,75%, respectivamente, pressionadas pelas renovadas preocupações sobre a saúde da economia global. Na China, o primeiro-ministro Wen Jiabao alertou para uma recessão de "duplo mergulho" considerando os riscos ao sistema financeiro e uma persistente elevada taxa de desemprego em alguns países.

Também pesou sobre o sentimento do mercado o relatório da Moody's Investors Service, que diz que os riscos estão crescendo para os quatro maiores países com rating AAA: Alemanha, França, Reino Unido e EUA.

O Nasdaq caiu 5,45 pontos (-0,23%) e fechou com 2.362,21 pontos, pressionado pela queda de 2,82% das ações do Google. As ações da gigante do setor de internet foram pressionadas pela crescente probabilidade de ter de encerrar sua atividade na China, um movimento que removeria o último dos maiores players estrangeiros do mercado de internet mais populoso e de maior crescimento do mundo. Por outro lado, os ADRs da rival Baidu - que se tornará um monopólio na China com a saída do Google - subiram 4,83%.

O índice S&P-500 subiu 0,52 ponto (0,05%) e fechou com 1.150,51 pontos - seu melhor nível desde 1º de outubro de 2008. O setor financeiro fechou em ligeira baixa, recuperando boa parte das perdas durante o pregão de hoje alimentadas pelas expectativas com relação à proposta do senador democrata Christopher Dodd para reforma da legislação financeira.

As ações das companhias financeiras se recuperaram após a divulgação dos detalhes da proposta de Dodd, apesar dela prever um custo de bilhões de dólares para os bancos grandes, limitações para operações de risco e criação de uma nova infraestrutura regulatória para supervisionar suas atividades.

Charlie Smith, executivo-chefe de investimentos da Fort Pitt Capital Group, disse que a recuperação das financeiras ocorreu porque os investidores acreditam que a proposta de Dodd será amenizada antes de ser aprovada, considerando que o senador não foi capaz de obter o apoio dos membros republicanos do Comitê Bancário do Senado à proposta, após meses de negociações. Smith acrescentou que a falta de apoio do partido republicano levou alguns investidores a ver a proposta de Dodd como "sem chance".

Entre as blue chips, as ações do Bank of America fecharam estável, American Express caiu 0,15% e JPMorgan fechou em baixa de 0,19%. As informações são da Dow Jones.

 

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