Mercados

Dólar tem leve alta com liquidez menor em véspera de feriado

Às 10:18, o dólar avançava 0,64 por cento, a 3,7637 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em queda de 1,12%

O dólar iniciou a segunda-feira com pequena alta ante o real (Sertac Kayar/Reuters)

O dólar iniciou a segunda-feira com pequena alta ante o real (Sertac Kayar/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 19 de novembro de 2018 às 09h22.

Última atualização em 19 de novembro de 2018 às 10h23.

São Paulo - O dólar avançava ante o real nesta segunda-feira, com pequena correção ao recuo recente em dia de esperada menor liquidez em véspera de feriado doméstico, com os investidores de olho no mercado externo.

Às 10:18, o dólar avançava 0,64 por cento, a 3,7637 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em queda de 1,12 por cento, a 3,7399 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,5 por cento.

"É normal depois do recuo recente haver alguma acomodação", disse o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado, referindo-se às perdas da moeda nos dois últimos pregões.

Apesar disso, segue o viés de baixa para o dólar em meio ao ambiente externo mais favorável à busca pelo risco após declarações consideradas "dovish" de representantes do banco central norte-americano, e também com a escolha de opções que agradam ao mercado para a formação da equipe do governo eleito Jair Bolsonaro.

O dólar operava com leve baixa ante a cesta de moedas e também ante boa parte das divisas de países emergentes, como a lira turca, depois que o recém-nomeado vice-chairman do Fed, Richard Clarida, alertou sobre uma desaceleração no crescimento global, dizendo que "isso é algo que será relevante" para as perspectivas para a economia dos EUA.

Além disso, o presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan, em entrevista separada à Fox Business, também disse que está vendo uma desaceleração do crescimento na Europa e na China.

Por outro lado, as relações entre China e EUA seguem instáveis, depois que as divergências entre ambos impediram que líderes da região Ásia-Pacífico chegassem a um acordo em um encontro em Papua Nova Guiné no domingo pela primeira vez em sua história.

Internamente, a assessoria do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o economista Roberto Castello Branco aceitou convite para comandar a Petrobras no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, somando-se ao nome de Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central.

"A escolha de Roberto Castello Branco é música para ouvido do mercado. O governo está formando um 'dream team', a nova equipe é bem animadora", disse Alessie Machado, lembrando entretanto que é preciso ver os efeitos práticos no ajuste fiscal.

Na terça-feira, o feriado do Dia da Consciência Negra fecha a B3, enquanto na quinta-feira os mercados norte-americanos não abrem devido ao dia de Ação de Graças --o que promete deixar a semana com liquidez curta.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de 12,217 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólar

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado