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Dólar tem leve queda com BC e China, em dia de Ptax

O mercado tem reagido positivamente à possibilidade de mudanças no governo

Notas de dólar: o mercado tem reagido positivamente à possibilidade de mudanças no governo (Adam Gault/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 11h03.

São Paulo - O dólar tinha leve queda frente ao real nesta segunda-feira, após o Banco Central anunciar leilão de linha para esta tarde e depois de a China cortar as taxas de compulsório do país, em um mercado sensibilizado pela briga pela Ptax de fevereiro.

O cenário externo não era de todo positivo, porém, em meio a nova depreciação do iuan, decepção dos investidores com a ausência de novas medidas ao fim da reunião do G20 e preocupações com a saúde da economia global. Incertezas sobre o cenário político brasileiro também sustentavam o quadro de cautela.

Às 10:20, o dólar recuava 0,12 por cento, a 3,9927 reais na venda , após subir 1,21 por cento na sessão passada. A moeda norte-americana atingiu 4,0005 reais na máxima e 3,9771 reais na mínima deste pregão.

"É de se esperar que o dólar não firme tendência sendo que temos um cenário externo misto e a disputa pela Ptax", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.

Operadores afirmaram que o mercado estava mais sensível antes da formação da Ptax de fevereiro, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Além disso, investidores continuavam atentos ao cenário político incerto.

O Barclays ressaltou em relatório que a prisão do marqueteiro João Santana, as críticas do PT ao ajuste fiscal do governo e sinais de afastamento dos movimentos sociais aumentariam as chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O mercado tem reagido positivamente à possibilidade de mudanças no governo, mas analistas ressaltam que um impeachment pode resultar em um quadro pouco favorável a reformas econômicas.

O Banco Central fará nesta tarde leilão de venda de até 2 bilhões de dólares com compromisso de recompra, em operação que tem como fim a rolagem de contratos já existentes. O BC vem promovendo operações desse tipo no último pregão do mês desde novembro passado.

Até agora, a autoridade monetária não anunciou o início da rolagem dos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vencem em abril. O BC rolou integralmente os últimos sete lotes de swaps e a expectativa é que faça o mesmo com o lote de abril, equivalente a 10,092 bilhões de dólares.

Nesta sessão, a decisão do banco central da China de reduzir a taxa de compulsório dos bancos pela quinta vez desde fevereiro de 2015, buscando estimular a economia, contribuía para trazer alívio ao mercado.

No entanto, a queda das bolsas chinesas e do iuan limitava o otimismo. Além disso, alguns investidores evitavam vender dólares após a reunião do G20 não resultar em estímulos concretos à economia global, que vem dando sinais de fraqueza neste ano. (Por Bruno Federowski)

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São Paulo - O dólar tinha leve queda frente ao real nesta segunda-feira, após o Banco Central anunciar leilão de linha para esta tarde e depois de a China cortar as taxas de compulsório do país, em um mercado sensibilizado pela briga pela Ptax de fevereiro.

O cenário externo não era de todo positivo, porém, em meio a nova depreciação do iuan, decepção dos investidores com a ausência de novas medidas ao fim da reunião do G20 e preocupações com a saúde da economia global. Incertezas sobre o cenário político brasileiro também sustentavam o quadro de cautela.

Às 10:20, o dólar recuava 0,12 por cento, a 3,9927 reais na venda , após subir 1,21 por cento na sessão passada. A moeda norte-americana atingiu 4,0005 reais na máxima e 3,9771 reais na mínima deste pregão.

"É de se esperar que o dólar não firme tendência sendo que temos um cenário externo misto e a disputa pela Ptax", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.

Operadores afirmaram que o mercado estava mais sensível antes da formação da Ptax de fevereiro, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Além disso, investidores continuavam atentos ao cenário político incerto.

O Barclays ressaltou em relatório que a prisão do marqueteiro João Santana, as críticas do PT ao ajuste fiscal do governo e sinais de afastamento dos movimentos sociais aumentariam as chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O mercado tem reagido positivamente à possibilidade de mudanças no governo, mas analistas ressaltam que um impeachment pode resultar em um quadro pouco favorável a reformas econômicas.

O Banco Central fará nesta tarde leilão de venda de até 2 bilhões de dólares com compromisso de recompra, em operação que tem como fim a rolagem de contratos já existentes. O BC vem promovendo operações desse tipo no último pregão do mês desde novembro passado.

Até agora, a autoridade monetária não anunciou o início da rolagem dos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vencem em abril. O BC rolou integralmente os últimos sete lotes de swaps e a expectativa é que faça o mesmo com o lote de abril, equivalente a 10,092 bilhões de dólares.

Nesta sessão, a decisão do banco central da China de reduzir a taxa de compulsório dos bancos pela quinta vez desde fevereiro de 2015, buscando estimular a economia, contribuía para trazer alívio ao mercado.

No entanto, a queda das bolsas chinesas e do iuan limitava o otimismo. Além disso, alguns investidores evitavam vender dólares após a reunião do G20 não resultar em estímulos concretos à economia global, que vem dando sinais de fraqueza neste ano. (Por Bruno Federowski)

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