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Dólar tem leve baixa sob influência de relatório nos EUA

Moeda norte-americana abriu em alta, em sintonia com o exterior e investidores atentos ao início da rolagem de contratos de swap que vencem em novembro

Notas de dólar: moeda à vista negociada no balcão terminou em baixa de 0,18%, a R$ 2,174 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 16h21.

São Paulo - A divulgação de novas vagas de emprego nos Estados Unidos em setembro, com dados abaixo do esperado, determinou a queda do dólar ante o real nesta terça-feira, 22.

A moeda norte-americana abriu em alta, em sintonia com o exterior e investidores atentos ao início da rolagem de contratos de swap que vencem em novembro. Os números dos EUA reforçaram a leitura de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) começará a redução de seus estímulos apenas em 2014, o que deu força a moedas de países emergentes.

O dólar à vista negociado no balcão terminou em baixa de 0,18%, a R$ 2,174. Na máxima, marcou R$ 2,19 (+0,55%) e, na mínima, atingiu R$ 2,167 (-0,51%). No mercado futuro, o dólar para novembro caía 0,32%, cotado a R$ 2,1745.

O mercado começou o dia em meio à expectativa com os dados de emprego nos EUA e o início da rolagem de US$ 8,9 bilhões em swaps que vencem em 1º de novembro. Na noite passada, após pesquisa de demanda, o BC divulgou a oferta de 20 mil contratos (US$ 1 bilhão) nesta tarde.

Como o BC havia anunciado que faria a rolagem em três dias, a oferta de US$ 1 bilhão na primeira parcela foi interpretada, de acordo com alguns profissionais, como sinal de que a instituição não pretende rolar integralmente o vencimento. "Nada impede de o BC colocar mais 100 mil contratos (US$ 5 bilhões) no edital de amanhã. Mas o mercado continua apostando que a rolagem não será integral", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

Com uma rolagem parcial, a autoridade monetária traria um viés de alta para o dólar ante o real, justamente em um momento em que a moeda norte-americana sofre pressão de baixa por vários fatores. Entre eles estão os leilões diários de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), a perspectiva de que os estímulos do Fed à economia dos EUA continuem e os anúncios mais recentes de entradas de recursos no Brasil (leilão do campo de Libra e emissões de companhias brasileiras no exterior).

Os dados dos EUA - que mostraram a criação de 148 mil vagas de emprego em setembro, abaixo de 180 mil esperadas - fizeram o dólar recuar em todo o mundo. No Brasil, o dólar seguiu em baixa à tarde, pouco reagindo ao leilão de swaps no âmbito da rolagem. Nele, o BC vendeu todos os 20 mil contratos oferecidos.

"Da divulgação do payroll para o leilão de rolagem, o dólar só caiu. Só que, mesmo assim, nossa moeda (o real) está com valorização abaixo das outras. E acho que isso ocorre em função da rolagem", comentou um profissional que prefere não se identificar.

Outro profissional chamou a atenção para comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele afirmou que o BC "talvez" possa atuar no mercado de câmbio cada vez menos. "A diminuição da expectativa em relação ao Fed, de mudar as regras de estímulo, acalmou o mercado. Então, ele pode funcionar de forma mais automática e caminhar para equilíbrios cambiais satisfatórios."

Por enquanto, porém, o BC mantém suas intervenções diárias. Nesta manhã, a instituição vendeu 10 mil contratos de swap (US$ 494,9 milhões), dentro da chamada "ração diária" ao mercado.

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São Paulo - A divulgação de novas vagas de emprego nos Estados Unidos em setembro, com dados abaixo do esperado, determinou a queda do dólar ante o real nesta terça-feira, 22.

A moeda norte-americana abriu em alta, em sintonia com o exterior e investidores atentos ao início da rolagem de contratos de swap que vencem em novembro. Os números dos EUA reforçaram a leitura de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) começará a redução de seus estímulos apenas em 2014, o que deu força a moedas de países emergentes.

O dólar à vista negociado no balcão terminou em baixa de 0,18%, a R$ 2,174. Na máxima, marcou R$ 2,19 (+0,55%) e, na mínima, atingiu R$ 2,167 (-0,51%). No mercado futuro, o dólar para novembro caía 0,32%, cotado a R$ 2,1745.

O mercado começou o dia em meio à expectativa com os dados de emprego nos EUA e o início da rolagem de US$ 8,9 bilhões em swaps que vencem em 1º de novembro. Na noite passada, após pesquisa de demanda, o BC divulgou a oferta de 20 mil contratos (US$ 1 bilhão) nesta tarde.

Como o BC havia anunciado que faria a rolagem em três dias, a oferta de US$ 1 bilhão na primeira parcela foi interpretada, de acordo com alguns profissionais, como sinal de que a instituição não pretende rolar integralmente o vencimento. "Nada impede de o BC colocar mais 100 mil contratos (US$ 5 bilhões) no edital de amanhã. Mas o mercado continua apostando que a rolagem não será integral", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

Com uma rolagem parcial, a autoridade monetária traria um viés de alta para o dólar ante o real, justamente em um momento em que a moeda norte-americana sofre pressão de baixa por vários fatores. Entre eles estão os leilões diários de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), a perspectiva de que os estímulos do Fed à economia dos EUA continuem e os anúncios mais recentes de entradas de recursos no Brasil (leilão do campo de Libra e emissões de companhias brasileiras no exterior).

Os dados dos EUA - que mostraram a criação de 148 mil vagas de emprego em setembro, abaixo de 180 mil esperadas - fizeram o dólar recuar em todo o mundo. No Brasil, o dólar seguiu em baixa à tarde, pouco reagindo ao leilão de swaps no âmbito da rolagem. Nele, o BC vendeu todos os 20 mil contratos oferecidos.

"Da divulgação do payroll para o leilão de rolagem, o dólar só caiu. Só que, mesmo assim, nossa moeda (o real) está com valorização abaixo das outras. E acho que isso ocorre em função da rolagem", comentou um profissional que prefere não se identificar.

Outro profissional chamou a atenção para comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele afirmou que o BC "talvez" possa atuar no mercado de câmbio cada vez menos. "A diminuição da expectativa em relação ao Fed, de mudar as regras de estímulo, acalmou o mercado. Então, ele pode funcionar de forma mais automática e caminhar para equilíbrios cambiais satisfatórios."

Por enquanto, porém, o BC mantém suas intervenções diárias. Nesta manhã, a instituição vendeu 10 mil contratos de swap (US$ 494,9 milhões), dentro da chamada "ração diária" ao mercado.

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