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Dólar tem forte queda e vai abaixo de R$ 3,80 com cena eleitoral

Alckmin é visto pelo mercado financeiro como um político mais comprometido com os ajustes fiscais.

Dólar: notícia do apoio a Alckmin acabou levando muitos investidores que estavam comprados em dólar (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Dólar: notícia do apoio a Alckmin acabou levando muitos investidores que estavam comprados em dólar (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 20 de julho de 2018 às 12h10.

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava em queda firme e abaixo dos 3,80 reais nesta sexta-feira, com os investidores respirando mais aliviados diante da cena eleitoral doméstica e sob influência do exterior.

Às 11:58, o dólar recuava 1,66 por cento, a 3,7808 reais na venda, depois de tocar a mínima de 3,7586 reais da sessão, com mais de 2 por cento de queda. O dólar futuro caía cerca de 1,30 por cento.

O alívio veio após notícias de que líderes dos partidos do blocão, grupo formado por DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade, decidiram fechar apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, mas a formalização do apoio depende ainda do "dever de casa" a ser feito pelas partes. Se concretizado, o apoio garante ao tucano bom espaço nas propagandas na TV.

Alckmin é visto pelo mercado financeiro como um político mais comprometido com os ajustes fiscais. Até então, as notícias indicavam que o blocão estava pendendo para Ciro Gomes, pré-candidato do PDT nas eleições de outubro.

"O apoio não significa vitória de Alckmin, nem muda de imediato seu desempenho, mas traz uma perspectiva mais animadora ao investidor e aos mercados", afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora Alessandro Faganello.

A notícia do apoio a Alckmin acabou levando muitos investidores que estavam comprados em dólar (apostas na valorização da moeda norte-americana) a zerarem posições, o que fez a moeda bater a mínima na casa de 3,75 reais mais cedo. Mas a cautela não foi totalmente deixada de lado.

"Entre a eleição e a Presidência tem um cara que é o eleitor", afirmou o gestor de uma corretora estrangeira. "Se o acordo tiver efeito prático (resultar em intenção de votos), o mercado pode melhorar muito", acrescentou.

O recuo do dólar ante outras moedas no mercado internacional era outro fator que contribuía para a trajetória doméstica. A divisa norte-americana tinha forte baixa ante uma cesta de moedas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressar preocupação com uma moeda mais forte.

O dólar também caía ante moedas de países emergentes, como o peso chileno.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 9,8 bilhões de dólares do total de 14,023 bilhões de dólares dos contratos que vencem em agosto.

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