Dólar tem 6ª queda seguida e encerra abaixo de R$ 2,30
O dólar à vista negociado no balcão encerrou com desvalorização de 1,30%, cotado a R$ 2,277 - o menor patamar de fechamento desde 9 de agosto último
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2013 às 17h37.
São Paulo - Numa sessão marcada pela baixa liquidez e em sintonia com o exterior, o dólar voltou a recuar nesta segunda-feira, 9, pela sexta sessão consecutiva, e perdeu o patamar de R$ 2,30.
A divulgação de dados positivos da balança comercial da China - importante parceiro comercial do Brasil - e a revisão em alta do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão abriram espaço para a busca por ativos de maior risco em todo o mundo, o que pesou sobre a moeda norte-americana.
O dólar à vista negociado no balcão encerrou com desvalorização de 1,30%, cotado a R$ 2,277 - o menor patamar de fechamento desde 9 de agosto último. Neste mês, a divisa dos EUA acumula baixa de 4,45%. Na máxima do dia, atingiu R$ 2,304 (-0,13%) e, na mínima, marcou R$ 2,2740 (-1,43%).
Pela manhã, a moeda dos EUA caiu globalmente em função dos dados vindos da Ásia. A China divulgou um superávit comercial de US$ 28,6 bilhões em agosto, acima dos US$ 17,8 bilhões em julho e da previsão de US$ 20,4 bilhões dos economistas. O resultado foi interpretado como uma indicação de que a economia do país está se estabilizando.
Além disso, o PIB japonês mostrou expansão de 3,8% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior - acima dos 2,6% originalmente anunciados. A eleição de conservadores na Austrália, prometendo estímulos à economia do país, também agradou. Por outro lado, os investidores seguiram monitorando a crise na Síria.
No Brasil, a perda do dólar foi favorecida pela liquidez reduzida - que torna a taxa de câmbio mais sensível a movimentos isolados - e pela venda de 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) pelo Banco Central, numa operação de US$ 497,6 milhões. O leilão de swap fez parte da estratégia, anunciada no último dia 22, de injeção diária de liquidez pelo BC.
"O mercado por aqui está com fluxo baixo e acabou que o movimento ficou mais vendedor (de dólares). O dólar acabou caindo mais aqui do que em outras praças", destacou um profissional da mesa de câmbio de um banco. Segundo ele, o recuo do dólar era mais intenso no Brasil porque, no passado recente, a volatilidade também foi maior. "Agora, o mercado acaba devolvendo um pouco mais", disse.
"Os leilões do BC são um estímulo para derrubar a moeda", acrescentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. "Como tem liquidez, o mercado fica mais tranquilo." Na semana passada, lembrou Bergallo, a moeda americana já apresentou recuo ante o real, com o mercado à espera da divulgação do relatório de emprego dos EUA (payroll), na sexta-feira, 6. "Como o mercado pode ter se armado demais em relação ao fim dos estímulos do Fed (Federal Reserve) à economia, é normal ter ajustes (de baixa do dólar)", afirmou. Com os dados do payroll revelados, reforçou-se a leitura de que o Fed pode adiar, para o fim do ano, o início da retirada de seus estímulos.
No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou à tarde um superávit comercial de US$ 299 milhões na primeira semana de setembro (de 1º a 8). No período, as exportações somaram US$ 4,765 bilhões e as importações, US$ 4,466 bilhões. Apesar do resultado positivo na semana, em 2013, a balança comercial acumula déficit de US$ 3,47 bilhões.
São Paulo - Numa sessão marcada pela baixa liquidez e em sintonia com o exterior, o dólar voltou a recuar nesta segunda-feira, 9, pela sexta sessão consecutiva, e perdeu o patamar de R$ 2,30.
A divulgação de dados positivos da balança comercial da China - importante parceiro comercial do Brasil - e a revisão em alta do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão abriram espaço para a busca por ativos de maior risco em todo o mundo, o que pesou sobre a moeda norte-americana.
O dólar à vista negociado no balcão encerrou com desvalorização de 1,30%, cotado a R$ 2,277 - o menor patamar de fechamento desde 9 de agosto último. Neste mês, a divisa dos EUA acumula baixa de 4,45%. Na máxima do dia, atingiu R$ 2,304 (-0,13%) e, na mínima, marcou R$ 2,2740 (-1,43%).
Pela manhã, a moeda dos EUA caiu globalmente em função dos dados vindos da Ásia. A China divulgou um superávit comercial de US$ 28,6 bilhões em agosto, acima dos US$ 17,8 bilhões em julho e da previsão de US$ 20,4 bilhões dos economistas. O resultado foi interpretado como uma indicação de que a economia do país está se estabilizando.
Além disso, o PIB japonês mostrou expansão de 3,8% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior - acima dos 2,6% originalmente anunciados. A eleição de conservadores na Austrália, prometendo estímulos à economia do país, também agradou. Por outro lado, os investidores seguiram monitorando a crise na Síria.
No Brasil, a perda do dólar foi favorecida pela liquidez reduzida - que torna a taxa de câmbio mais sensível a movimentos isolados - e pela venda de 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) pelo Banco Central, numa operação de US$ 497,6 milhões. O leilão de swap fez parte da estratégia, anunciada no último dia 22, de injeção diária de liquidez pelo BC.
"O mercado por aqui está com fluxo baixo e acabou que o movimento ficou mais vendedor (de dólares). O dólar acabou caindo mais aqui do que em outras praças", destacou um profissional da mesa de câmbio de um banco. Segundo ele, o recuo do dólar era mais intenso no Brasil porque, no passado recente, a volatilidade também foi maior. "Agora, o mercado acaba devolvendo um pouco mais", disse.
"Os leilões do BC são um estímulo para derrubar a moeda", acrescentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. "Como tem liquidez, o mercado fica mais tranquilo." Na semana passada, lembrou Bergallo, a moeda americana já apresentou recuo ante o real, com o mercado à espera da divulgação do relatório de emprego dos EUA (payroll), na sexta-feira, 6. "Como o mercado pode ter se armado demais em relação ao fim dos estímulos do Fed (Federal Reserve) à economia, é normal ter ajustes (de baixa do dólar)", afirmou. Com os dados do payroll revelados, reforçou-se a leitura de que o Fed pode adiar, para o fim do ano, o início da retirada de seus estímulos.
No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou à tarde um superávit comercial de US$ 299 milhões na primeira semana de setembro (de 1º a 8). No período, as exportações somaram US$ 4,765 bilhões e as importações, US$ 4,466 bilhões. Apesar do resultado positivo na semana, em 2013, a balança comercial acumula déficit de US$ 3,47 bilhões.