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Dólar sobe quase 1% sobre o real, por apreensão local e Fed

Às 15:20, o dólar avançava 0,80 por cento, a 3,4820 reais na venda, após acumular valorização de 3,76 por cento nas últimas três sessões

Dólares: "A cautela continua dominando o ambiente do câmbio interno", escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 16h12.

São Paulo  - O dólar avançava ante o real pela quarta sessão consecutiva nesta terça-feira, reagindo a preocupações com o quadro político e econômico no Brasil e expectativas de alta dos juros nos Estados Unidos no mês que vem.

Às 15:20, o dólar avançava 0,80 por cento, a 3,4820 reais na venda, após acumular valorização de 3,76 por cento nas últimas três sessões. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu 3,4885 reais, com alta de quase 1 por cento e, na mínima, caiu a 3,4297 reais.

"A cautela continua dominando o ambiente do câmbio interno", escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes.

Na véspera, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi preso como parte de nova fase da Operação Lava Jato, que investiga escândalo bilionário de corrupção no Brasil. Investidores temem que golpes à credibilidade do país afastem capitais do mercado local e dificultem a aprovação de importantes medidas no Congresso Nacional.

Ao pessimismo interno somou-se a expectativa de alta de juros nos Estados Unidos em setembro após as declarações do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, de que teria de sofrer "uma deterioração significativa" para ele não apoiar uma alta das taxas em setembro, informou o Wall Street Journal à tarde.

"(Lockhart) foi mais assertivo do que qualquer um esperava", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Juros mais altos nos EUA --promovidos pelo Fed, banco central norte-americano-- podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros países, como o Brasil. Nesse contexto, o dólar passou a subir em relação a uma cesta de moedas.

Mais cedo, a moeda dos EUA chegou a recuar tanto no mercado local quanto no exterior, com investidores comprando ativos de maior risco diante de nova alta da bolsa da China. No Brasil, no entanto, a queda durou pouco, em meio ao quadro de preocupações políticas e econômicas.

"O cenário interno aqui está muito complicado. Não vai ser um dia de alta na China que vai mudar isso", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade à rolagem dos contratos que vencem em setembro, vendendo a oferta total de até 6 mil contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Ao todo, a autoridade monetária rolou o correspondente a 582,9 milhões de dólares, ou cerca de 6 por cento do lote total, equivalente a 10,027 bilhões de dólares. (Edição de Patrícia Duarte)

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São Paulo  - O dólar avançava ante o real pela quarta sessão consecutiva nesta terça-feira, reagindo a preocupações com o quadro político e econômico no Brasil e expectativas de alta dos juros nos Estados Unidos no mês que vem.

Às 15:20, o dólar avançava 0,80 por cento, a 3,4820 reais na venda, após acumular valorização de 3,76 por cento nas últimas três sessões. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu 3,4885 reais, com alta de quase 1 por cento e, na mínima, caiu a 3,4297 reais.

"A cautela continua dominando o ambiente do câmbio interno", escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes.

Na véspera, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi preso como parte de nova fase da Operação Lava Jato, que investiga escândalo bilionário de corrupção no Brasil. Investidores temem que golpes à credibilidade do país afastem capitais do mercado local e dificultem a aprovação de importantes medidas no Congresso Nacional.

Ao pessimismo interno somou-se a expectativa de alta de juros nos Estados Unidos em setembro após as declarações do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, de que teria de sofrer "uma deterioração significativa" para ele não apoiar uma alta das taxas em setembro, informou o Wall Street Journal à tarde.

"(Lockhart) foi mais assertivo do que qualquer um esperava", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Juros mais altos nos EUA --promovidos pelo Fed, banco central norte-americano-- podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros países, como o Brasil. Nesse contexto, o dólar passou a subir em relação a uma cesta de moedas.

Mais cedo, a moeda dos EUA chegou a recuar tanto no mercado local quanto no exterior, com investidores comprando ativos de maior risco diante de nova alta da bolsa da China. No Brasil, no entanto, a queda durou pouco, em meio ao quadro de preocupações políticas e econômicas.

"O cenário interno aqui está muito complicado. Não vai ser um dia de alta na China que vai mudar isso", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade à rolagem dos contratos que vencem em setembro, vendendo a oferta total de até 6 mil contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Ao todo, a autoridade monetária rolou o correspondente a 582,9 milhões de dólares, ou cerca de 6 por cento do lote total, equivalente a 10,027 bilhões de dólares. (Edição de Patrícia Duarte)

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