Exame Logo

Dólar sobe mais de 1%, com aposta em alta de juros dos EUA

Os comentários de Fischer ofuscaram o discurso da chair do Fed, Janet Yellen, que evitou sinalizar um aumento iminente na taxa

Dólar: o dólar avançou 1,25%, a 3,2719 reais na venda, após chegar a 3,2787 reais na máxima da sessão (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2016 às 17h19.

São Paulo - O dólar teve uma sessão de forte volatilidade e terminou com alta de mais de 1 por cento frente ao real nesta sexta-feira, após declarações do vice do Federal Reserve, Stanley Fischer, recolocarem sobre a mesa a possibilidade de o banco central norte-americano elevar os juros em setembro.

Os comentários de Fischer ofuscaram o discurso da chair do Fed, Janet Yellen, que evitou sinalizar um aumento iminente na taxa e chegou a levar a moeda norte-americana a cair mais de 1 por cento nesta sessão.

O dólar avançou 1,25 por cento, a 3,2719 reais na venda, após chegar a 3,2787 reais na máxima da sessão e 3,1898 reais na mínima. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 2,02 por cento frente ao real.

O dólar futuro subia por volta de 1 por cento no fim da tarde.

"Parece que o Fischer veio a público corrigir a interpretação do mercado sobre a Yellen", resumiu o operador de um banco internacional.

Ele referia-se ao vice-chair do banco central norte-americano, Stanley Fischer, que afirmou que as declarações dadas mais cedo pela chair do Fed, Janet Yellen, eram "consistentes" com a possibilidade de aumento de juros em setembro.

Mesmo assim, ele acrescentou, é preciso esperar mais dados econômicos.

As declarações levaram o dólar a abandonar as perdas vistas pela manhã, quando investidores interpretaram que Yellen havia dado sinais de que os juros não subiriam tão cedo na maior economia do mundo. O Fed se reúne, neste ano, em setembro, novembro e dezembro.

Após os comentários de Fischer, os juros futuros norte-americanos passaram a indicar chance de 30 por cento de aumento de juros em setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME Group.

Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos aplicados em mercados emergentes, como o Brasil.

"A mensagem de que os juros podem subir neste ano não é nova, já vinha das últimas semanas. O que é novo é que, pelo jeito, Yellen está mais próxima daqueles que querem um aumento no fim do ano do que daqueles que querem um aumento agora", havia afirmado mais cedo o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

No cenário local, investidores seguiram atentos ao julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Espera-se que o Senado confirme o afastamento em voto final na madrugada de quarta-feira.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.

Texto atualizado às 17h19

Veja também

São Paulo - O dólar teve uma sessão de forte volatilidade e terminou com alta de mais de 1 por cento frente ao real nesta sexta-feira, após declarações do vice do Federal Reserve, Stanley Fischer, recolocarem sobre a mesa a possibilidade de o banco central norte-americano elevar os juros em setembro.

Os comentários de Fischer ofuscaram o discurso da chair do Fed, Janet Yellen, que evitou sinalizar um aumento iminente na taxa e chegou a levar a moeda norte-americana a cair mais de 1 por cento nesta sessão.

O dólar avançou 1,25 por cento, a 3,2719 reais na venda, após chegar a 3,2787 reais na máxima da sessão e 3,1898 reais na mínima. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 2,02 por cento frente ao real.

O dólar futuro subia por volta de 1 por cento no fim da tarde.

"Parece que o Fischer veio a público corrigir a interpretação do mercado sobre a Yellen", resumiu o operador de um banco internacional.

Ele referia-se ao vice-chair do banco central norte-americano, Stanley Fischer, que afirmou que as declarações dadas mais cedo pela chair do Fed, Janet Yellen, eram "consistentes" com a possibilidade de aumento de juros em setembro.

Mesmo assim, ele acrescentou, é preciso esperar mais dados econômicos.

As declarações levaram o dólar a abandonar as perdas vistas pela manhã, quando investidores interpretaram que Yellen havia dado sinais de que os juros não subiriam tão cedo na maior economia do mundo. O Fed se reúne, neste ano, em setembro, novembro e dezembro.

Após os comentários de Fischer, os juros futuros norte-americanos passaram a indicar chance de 30 por cento de aumento de juros em setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME Group.

Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos aplicados em mercados emergentes, como o Brasil.

"A mensagem de que os juros podem subir neste ano não é nova, já vinha das últimas semanas. O que é novo é que, pelo jeito, Yellen está mais próxima daqueles que querem um aumento no fim do ano do que daqueles que querem um aumento agora", havia afirmado mais cedo o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

No cenário local, investidores seguiram atentos ao julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Espera-se que o Senado confirme o afastamento em voto final na madrugada de quarta-feira.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.

Texto atualizado às 17h19

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarEconomistasEstados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemJanet YellenJurosMercado financeiroMoedasPaíses ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame