Dólar sobe em dia de leilão e expectativa com rolagem
O dólar à vista negociado no balcão fechou em alta de 0,18%, a R$ 2,1780. Em outubro, a moeda acumula baixa de 1,71%
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 16h26.
São Paulo - A expectativa com o leilão do campo de Libra permeou os negócios com dólares no Brasil, com atenção a possíveis alterações de fluxos de recursos para o país no futuro.
Passado o leilão, que envolveu apenas um consórcio, o dólar oscilou de forma moderada e a avaliação do mercado é que o resultado ficou dentro do previsto. Investidores também aguardavam a pesquisa de demanda por swaps que será promovida pelo Banco Central (BC) no fim da tarde desta segunda-feira, 21, para identificar a necessidade de rolagem dos contratos que vencem em 1º de novembro.
Assim, o dólar à vista negociado no balcão fechou em alta de 0,18%, a R$ 2,1780. Em outubro, a moeda acumula baixa de 1,71%.
Na mínima, o dólar atingiu R$ 2,1680 (-0,28%) e, na máxima, às 14h47, marcou R$ 2,1820 (+0,37%). O dólar para novembro avançava 0,46%, cotado a R$ 2,1855.
A moeda dos EUA começou o dia no território negativo, em meio às expectativas com o leilão de Libra e a pesquisa de demanda do BC. A venda de 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), em um total de US$ 496,1 milhões, dentro da programação de intervenções diárias, favoreceu a baixa. Porém, a cotação migrou para o território positivo, em meio à alta do dólar no exterior e à cautela antes do leilão de Libra.
Profissionais do mercado afirmaram que o leilão havia sido precificado no dólar. Se o leilão surpreendesse, porém, poderiam ocorrer ajustes. Mas o resultado ficou dentro do esperado. O consórcio formado por Petrobras, as chinesas CNOOC e CNPC, a francesa Total e anglo-holandesa Shell arrematou a área de Libra, com uma proposta de pagamento de 41,65% do lucro em óleo para a União, o porcentual mínimo exigido no edital.
"O dólar deu uma caída na hora, porque haviam puxado um pouco antes, com alguma especulação. Mas o mercado estabilizou depois, com o pessoal esperando a questão da rolagem", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.
O BC ouvirá as instituições financeiras sobre o vencimento de US$ 8,9 bilhões em swaps em 1º de novembro. Se não houver a rolagem, o montante será retirado do mercado, o que incentivaria a alta do dólar. "A expectativa é de que o BC se pronuncie sobre a rolagem após as 19h30, como vem fazendo com os leilões diários de swap", declarou o profissional do banco.
À tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números da balança comercial na terceira semana de outubro, mostrando déficit de US$ 1,569 bilhão. As exportações somaram US$ 4,002 bilhões e as importações, US$ 5,571 bilhões. No acumulado de outubro, a balança comercial ainda está positiva em US$ 1,003 bilhão. No ano, porém, voltou a ficar deficitária, em US$ 605 milhões.
São Paulo - A expectativa com o leilão do campo de Libra permeou os negócios com dólares no Brasil, com atenção a possíveis alterações de fluxos de recursos para o país no futuro.
Passado o leilão, que envolveu apenas um consórcio, o dólar oscilou de forma moderada e a avaliação do mercado é que o resultado ficou dentro do previsto. Investidores também aguardavam a pesquisa de demanda por swaps que será promovida pelo Banco Central (BC) no fim da tarde desta segunda-feira, 21, para identificar a necessidade de rolagem dos contratos que vencem em 1º de novembro.
Assim, o dólar à vista negociado no balcão fechou em alta de 0,18%, a R$ 2,1780. Em outubro, a moeda acumula baixa de 1,71%.
Na mínima, o dólar atingiu R$ 2,1680 (-0,28%) e, na máxima, às 14h47, marcou R$ 2,1820 (+0,37%). O dólar para novembro avançava 0,46%, cotado a R$ 2,1855.
A moeda dos EUA começou o dia no território negativo, em meio às expectativas com o leilão de Libra e a pesquisa de demanda do BC. A venda de 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), em um total de US$ 496,1 milhões, dentro da programação de intervenções diárias, favoreceu a baixa. Porém, a cotação migrou para o território positivo, em meio à alta do dólar no exterior e à cautela antes do leilão de Libra.
Profissionais do mercado afirmaram que o leilão havia sido precificado no dólar. Se o leilão surpreendesse, porém, poderiam ocorrer ajustes. Mas o resultado ficou dentro do esperado. O consórcio formado por Petrobras, as chinesas CNOOC e CNPC, a francesa Total e anglo-holandesa Shell arrematou a área de Libra, com uma proposta de pagamento de 41,65% do lucro em óleo para a União, o porcentual mínimo exigido no edital.
"O dólar deu uma caída na hora, porque haviam puxado um pouco antes, com alguma especulação. Mas o mercado estabilizou depois, com o pessoal esperando a questão da rolagem", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.
O BC ouvirá as instituições financeiras sobre o vencimento de US$ 8,9 bilhões em swaps em 1º de novembro. Se não houver a rolagem, o montante será retirado do mercado, o que incentivaria a alta do dólar. "A expectativa é de que o BC se pronuncie sobre a rolagem após as 19h30, como vem fazendo com os leilões diários de swap", declarou o profissional do banco.
À tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números da balança comercial na terceira semana de outubro, mostrando déficit de US$ 1,569 bilhão. As exportações somaram US$ 4,002 bilhões e as importações, US$ 5,571 bilhões. No acumulado de outubro, a balança comercial ainda está positiva em US$ 1,003 bilhão. No ano, porém, voltou a ficar deficitária, em US$ 605 milhões.