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Dólar sobe e encosta em R$3,57 com tensão entre EUA e Irã

O dólar avançou 0,45 por cento, a 3,5689 reais na venda, renovando o maior patamar de fechamento desde 2 de junho de 2016 (3,5875 reais)

Dólar: na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,5945 reais (IcemanJ/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de maio de 2018 às 17h07.

Última atualização em 8 de maio de 2018 às 17h07.

São Paulo - O dólar fechou em alta nesta terça-feira, pelo segundo pregão seguido, e fechou próximo do patamar de 3,57 reais, em dia marcado por tensão nos mercados externos com a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã , aumentando os riscos geopolíticos e que podem influenciar o fluxo de capital no mundo.

O dólar avançou 0,45 por cento, a 3,5689 reais na venda, renovando o maior patamar de fechamento desde 2 de junho de 2016 (3,5875 reais). Apenas nestes dois pregões, acumulou valorização de 1,27 por cento.

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Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,5945 reais. O dólar futuro tinha elevação de cerca de 0,50 por cento no final do dia.

"Trump fez um discurso duro, mas sinalizou que quer um novo acordo", afirmou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta tarde que retomará sanções econômicas contra o Irã e retirará seu país do acordo internacional concebido para impedir Teerã de obter uma bomba nuclear. Trump disse ainda que estava pronto para negociar novo acordo com o Irã.

As sanções econômicas ao Irã podem afetar a produção e exportação de petróleo do país, afetando os preços da commodity.

Preços mais caros de petróleo impactam a inflação e podem levar o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, a ser mais austero e elevar mais do que o esperado os juros, o que poderia atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em mercados considerados de maior risco, como o brasileiro.

O dólar perdeu um pouco de força, mas continuava subindo contra uma cesta de moedas após o anúncio e também ante moedas de países emergentes, como o rand sul-africano e a o peso mexicano.

Internamente, o dólar passou por um movimento de correção depois de ter encostado no patamar de 3,60 reais, atraindo vendedores. "Se o mercado achava que 3,50 reais o dólar estava caro, e estava, a 3,60 reais é ainda mais. Chegou num ponto de realização", comentou Machado.

O BC vendeu pelo quarto dia a oferta integral de até 8.900 mil contratos em swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,780 bilhão de dólares do total de 5,650 bilhões de dólares que vence em junho.

Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem e terá colocado o equivalente a 2,8 bilhões de dólares adicionais. (Edição de Patrícia Duarte)

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