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Dólar sobe e encosta em R$4,10 com preocupações locais e BCE

Às 11h03, o dólar avançava 0,94 por cento, a 4,0921 reais na venda. Na véspera, fechou a 4,05 reais, nível mais alto na história.


	Dólar: às 11h03, o dólar avançava 0,94 por cento, a 4,0921 reais na venda
 (Susana Gonzalez/Bloomberg)

Dólar: às 11h03, o dólar avançava 0,94 por cento, a 4,0921 reais na venda (Susana Gonzalez/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2015 às 11h58.

O dólar subia cerca de 1 por cento nesta quarta-feira, após iniciar os negócios com baixas expressivas, encostando em 4,10 reais após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, expressar preocupação com a economia global, o que se somou à já forte apreensão com a economia e a política brasileira.

Às 11h03, o dólar avançava 0,94 por cento, a 4,0921 reais na venda. Na véspera, fechou a 4,05 reais, nível mais alto na história.

Mais cedo, chegou a cair quase 1 por cento, a 4,0145 reais na mínima do dia, após o Congresso manter alguns vetos da presidente Dilma Rousseff que corroboram o ajuste fiscal, mas adiar a análise de outros itens importantes.

"(Draghi demonstrou) preocupação com a perspectiva de crescimento global e a apreensão com o Brasil continua", resumiu o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Draghi afirmou nesta manhã que o BCE precisa de mais tempo para avaliar se é necessário fortalecer seu programa de compra de ativos, ao mesmo tempo em que ressaltou que a desaceleração de mercados emergentes, o avanço do euro e a queda dos preços de commodities prejudicam as perspectivas econômicas.

A pressão externa somou-se ao quadro político e econômico preocupante no Brasil. Embora a decisão do Congresso nesta madrugada tenha aliviado um pouco essas preocupações, o mercado seguia temeroso.

"O veto mais importante é o do aumento (de salários dos servidores do) Judiciário e não sabemos quando ele vai ser analisado", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se ao veto que, se derrubado, vai gerar gastos de 36 bilhões de reais até 2019, segundo cálculos do governo.

Citando riscos aos planos fiscais do governo no curto prazo e a grande probabilidade de novos rebaixamentos da nota de crédito do Brasil, o Credit Suisse passou a projetar que o dólar deve atingir 4,25 reais em três meses e 4,50 reais em doze meses, contra 3,65 e 4,10 reais, respectivamente.

Mesmo com a pressão recente, o Banco Central não anunciou nenhuma intervenção extraordinária no câmbio nesta sessão.

Apenas dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

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