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Dólar sobe e chega a R$3,80 com exterior e política local

Às 11h58, o dólar avançava 0,93%, a 3,8007 reais na venda, depois de bater 3,8079 reais na máxima do dia

Dólar: mercado tem se mostrado bastante sensível à corrida eleitoral (Gary Cameron/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 12h04.

São Paulo - O dólar subia nesta quinta-feira e já no patamar de 3,80 reais, diante da cautela com a cena eleitoral local e seguindo o cenário externo, em ambiente de guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros.

Às 11:58, o dólar avançava 0,93 por cento, a 3,8007 reais na venda, depois de bater 3,8079 reais na máxima do dia. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,75 por cento.

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"Com mais de 30 por cento dos eleitores com votos brancos e nulos, e os eleitores indecisos, o evento é visto como uma grande oportunidade para candidatos melhorarem seu desempenho", escreveu a corretora XP Investimentos em nota, referindo-se ao primeiro debate entre os candidatos à Presidência nesta noite, na TV Band.

O mercado tem se mostrado bastante sensível à corrida eleitoral, com candidatos que considera mais voltados a reformas e ajustes fiscais sem ganhar tração na preferência do eleitorado, com destaque para Geraldo Alckmin (PSDB).

Em duas recentes pesquisas realizadas apenas no Estado de São Paulo, o tucano e ex-governador paulista aparece em empate técnico com o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

O mercado também não gostou da notícia de que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram na véspera aumento de 16,38 por cento em seus salários a partir de 2019, encaminhando a proposta ao Ministério do Planejamento, o que deverá gerar efeito cascata em todo o Judiciário.

Caso aprovado, os reajustes podem aumentar as despesas do governo no ano que vem, cuja meta de déficit primário é de 139 bilhões de reais.

"Aparentemente, os poderes não intuíram a gravidade da situação fiscal brasileira", afirmou o economista-chefe do Home Broker ModalMais, Alvaro Bandeira.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e também sobre a maioria das divisas de países emergentes, como o peso chileno, diante da percepção de que a intensificação na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China afetaria mais as economias voltadas para a exportação.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólar es, rolando 1,68 bilhão de dólar es do total de 5,255 bilhões de dólar es que vence em setembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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