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Dólar sobe com exterior e após ir abaixo de R$ 4 na véspera

A formação da taxa Ptax de final de mês, no entanto, tende a deixe o mercado mais técnico no período da manhã, o que pode se traduzir em mais oscilações

Dólar: às 10:33, o dólar avançava 0,46 por cento, a 4,0127 reais na venda (Divulgação/Thinkstock)

Dólar: às 10:33, o dólar avançava 0,46 por cento, a 4,0127 reais na venda (Divulgação/Thinkstock)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 28 de setembro de 2018 às 09h27.

Última atualização em 28 de setembro de 2018 às 10h45.

São Paulo - O dólar operava em alta e de volta aos 4 reais nesta sexta-feira, sob influência do exterior e do cenário eleitoral doméstico após ter cedido mais de 2 por cento nos três últimos pregões.

A formação da taxa Ptax de final de mês, no entanto, tende a deixe o mercado mais técnico no período da manhã, o que pode se traduzir em mais oscilações.

Às 10:33, o dólar avançava 0,46 por cento, a 4,0127 reais na venda, depois de terminar a véspera pela primeira vez abaixo de 4 reais em cinco semanas, a 3,9943 reais.

Na máxima desta sessão, a moeda já foi a 4,0513 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,65 por cento.

"No externo, a Itália está levando o investidor a procurar segurança. E no doméstico, as notícias estão na contramão da véspera", disse o especialista em câmbio da Frente Corretora Robert Awerianow.

No exterior, o dólar subia ante outras divisas em dia de um pouco mais de aversão ao risco após o governo italiano ter divulgado um orçamento para 2019 com um déficit três vezes maior do que sua meta anterior.

Destaque para o euro, que operava em queda e abaixo de 1,16 dólar pela primeira vez em duas semanas uma vez que alguns investidores consideraram o orçamento italiano como um desafio às exigências da União Europeia.

Internamente, o noticiário político trazia cautela aos agentes. Pesquisa de intenção de votos encomendada pela XP Investimentos mostrou nesta sexta-feira que o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, cortou para 7 pontos a vantagem do líder Jair Bolsonaro, do PSL.

O mercado também avalia notícia da revista Veja de que Bolsonaro foi acusado pela ex-mulher de ocultar patrimônio da Justiça Eleitoral, ter renda mensal acima da declarada e furtar um cofre bancário pertencente a ela, além de declarações polêmicas de seu vice, o general Hamilton Mourão, sobre o 13º salário.

Além disso, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

O Banco Central concluiu na véspera a rolagem do vencimento de swap cambial --equivalente à venda futura de dólares--de outubro e, após o fechamento do mercado, já anunciou o início da rolagem de novembro a partir da próxima segunda-feira. A oferta será de até 7,7 mil contratos que, se mantidos até o final do mês, rolarão integralmente o total de 8,027 bilhões de dólares em swap que vencem no penúltimo mês de 2018.

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