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Dólar sobe com ação do BC, antes de reunião do PMDB

Às 9h08, o dólar avançava 0,44%, a 3,6417 reais na venda, após recuar 1,51% e voltar abaixo de 3,65 reais na sessão passada

Dólares: o BC fará entre 9h30 e 9h40 leilão de até 20 mil swaps reversos após ficar ausente do mercado na sessão passada (Andrew Harrer/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 10h43.

São Paulo - O dólar avançava 1% frente ao real nesta terça-feira, após o Banco Central vender a oferta praticamente integral dos swaps cambiais reversos em leilão, dando força às apostas de que estaria desconfortável com cotações baixas.

O movimento vinha antes da reunião do PMDB que vai decidir pelo rompimento com o governo e do discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, que pode trazer mais pistas sobre quando o banco central norte-americano vai voltar a elevar os juros.

Às 10:27, o dólar avançava 1,05%, a 3,6637 reais na venda, após recuar 1,51% na sessão passada em antecipação ao desembarque do maior partido da base aliada.

"O BC está sinalizando que quer conter a desvalorização do dólar, que vai agir quando o dólar cair demais", disse o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva, ressaltando que a fraqueza da moeda dos EUA tende a prejudicar exportadores brasileiros.

O BC vendeu 19.520 contratos de swap reverso, que equivalem a compra futura de dólares, dos 20.000 ofertados em leilão nesta sessão. Trata-se da quinta operação desse tipo neste mês, ferramenta que não era utilizada há três anos.

A autoridade monetária também não anunciou para esta sessão leilão de rolagem de swaps tradicionais, que equivalem a venda futura de dólares e que vão vencer em abril. Se não voltar a rolá-los, terá reposto de 67% do lote total, correspondente a 10,092 bilhões de dólares, depois de promover sete rolagens integrais consecutivas.

Para Silva, a atuação do BC tende a limitar o ritmo da queda do dólar no curto prazo, mas o mercado deve continuar testando a disposição do BC de atuar, especialmente se o cenário político continuar favorecendo esse movimento.

Muitos operadores entendem que a saída do PMDB, acelerada na noite passada pelo pedido de demissão do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, aumenta as chances do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Essa perspectiva é vista com bons olhos por muitos investidores, mas alguns ressaltam que as turbulências políticas tendem a afetar a confiança.

O PMDB vai decidir pelo rompimento com o governo em reunião marcada para as 15:00.

O dólar também avançava contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, com investidores adotando posturas mais defensivas antes do discurso de Yellen.

"Os mercados voltaram ao ritmo normal depois do feriado da Páscoa, mas os investidores parecem estar com mentalidade cautelosa", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.

O Fed vem sinalizando que pretende promover pelo menos dois aumentos de juros neste ano apesar de sinais de que as turbulências externas vêm afetando a recuperação norte-americana.

Taxas mais altas nos EUA tendem a prejudicar moedas emergentes, que são beneficiadas por altos diferenciais de juros.

Matéria atualizada às 10h43

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São Paulo - O dólar avançava 1% frente ao real nesta terça-feira, após o Banco Central vender a oferta praticamente integral dos swaps cambiais reversos em leilão, dando força às apostas de que estaria desconfortável com cotações baixas.

O movimento vinha antes da reunião do PMDB que vai decidir pelo rompimento com o governo e do discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, que pode trazer mais pistas sobre quando o banco central norte-americano vai voltar a elevar os juros.

Às 10:27, o dólar avançava 1,05%, a 3,6637 reais na venda, após recuar 1,51% na sessão passada em antecipação ao desembarque do maior partido da base aliada.

"O BC está sinalizando que quer conter a desvalorização do dólar, que vai agir quando o dólar cair demais", disse o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva, ressaltando que a fraqueza da moeda dos EUA tende a prejudicar exportadores brasileiros.

O BC vendeu 19.520 contratos de swap reverso, que equivalem a compra futura de dólares, dos 20.000 ofertados em leilão nesta sessão. Trata-se da quinta operação desse tipo neste mês, ferramenta que não era utilizada há três anos.

A autoridade monetária também não anunciou para esta sessão leilão de rolagem de swaps tradicionais, que equivalem a venda futura de dólares e que vão vencer em abril. Se não voltar a rolá-los, terá reposto de 67% do lote total, correspondente a 10,092 bilhões de dólares, depois de promover sete rolagens integrais consecutivas.

Para Silva, a atuação do BC tende a limitar o ritmo da queda do dólar no curto prazo, mas o mercado deve continuar testando a disposição do BC de atuar, especialmente se o cenário político continuar favorecendo esse movimento.

Muitos operadores entendem que a saída do PMDB, acelerada na noite passada pelo pedido de demissão do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, aumenta as chances do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Essa perspectiva é vista com bons olhos por muitos investidores, mas alguns ressaltam que as turbulências políticas tendem a afetar a confiança.

O PMDB vai decidir pelo rompimento com o governo em reunião marcada para as 15:00.

O dólar também avançava contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, com investidores adotando posturas mais defensivas antes do discurso de Yellen.

"Os mercados voltaram ao ritmo normal depois do feriado da Páscoa, mas os investidores parecem estar com mentalidade cautelosa", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.

O Fed vem sinalizando que pretende promover pelo menos dois aumentos de juros neste ano apesar de sinais de que as turbulências externas vêm afetando a recuperação norte-americana.

Taxas mais altas nos EUA tendem a prejudicar moedas emergentes, que são beneficiadas por altos diferenciais de juros.

Matéria atualizada às 10h43

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