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Dólar sobe ante real com exterior e feriado no radar

Alta da moeda americana é puxada pela redução de perdas da moeda americana frente a divisas ligadas a commodities no exterior

Notas de dólar 
 (Dado Ruvic/Reuters)

Notas de dólar (Dado Ruvic/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 10h25.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2018 às 10h26.

São Paulo - O dólar ante o real está volátil, entre margens estreitas. Subiu nesta sexta-feira, 9, de olho no exterior e com cautela antes do carnaval, após abrir em queda, em linha com o viés negativo da moeda americana frente divisas ligadas a commodities.

A alta ante o real foi induzida pela redução de perdas da moeda americana frente a divisas ligadas a commodities no exterior, depois que a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na manhã desta sexta o acordo orçamentário e projeto de gastos do governo dos EUA, disse o gerente de mesa de derivativos de uma gestora de recursos. A decisão Sreverteu a paralisação parcial do governo dos EUA que havia começado à meia-noite - na segunda paralisação parcial em três semanas.

O mesmo gerente disse que a moeda pode subir mais no decorrer da sessão, por conta de cautela antes do feriado de carnaval, porque as atenções internas depois da Quarta-feira de Cinzas, às 13 horas, quando o mercado voltará a operar, tendem a se voltar novamente para a reforma da Previdência, que estará em pauta na Câmara até 28 de fevereiro. "Pode ser melhor ficar comprado do que vendido em dólar, vamos ver, dependendo também do exterior", comentou.

Em entrevista à Rádio Guaíba, mais cedo, o presidente Michel Temer disse que "está apostando" na reforma da Previdência e que a nota para a sua esperança em aprovar o texto, de zero a dez, "É sete, mas quero chegar a dez."

Reiterou, no entanto, que se ela não for aprovada, daqui a pouco "vai ter de cortar até aposentadorias e pensões de servidores públicos", como aconteceu em alguns Estados e países.

Já o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou, em entrevista à NBR, que se a reforma da Previdência não for aprovada agora no começo do ano, será inevitável esse debate na eleição presidencial. "Não vai ter como fugir do tema na eleição", reforça.

Às 9h49, o dólar à vista subia 0,23%, aos R$ 3,2872, após tocar em máxima aos R$ 3,2902 (+0,33%). Na mínima, após a abertura, ficou em R$ 3,2687 (-0,33%).

O dólar futuro de março passou a subir e estava em R$ 3,2955 (+0,06%), após registrar máxima aos R$ 3,2965 (+0,09%). Na mínima, caiu aos R$ 3,2750 (-0,56%).

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